Era uma
vez, a muito, muito tempo atrás em 1628 no último estado do Brasil, havia um
riozinho, que se chamava Rio Fundo. Junto a este riozinho vivia uma tribo, eles
eram fortes, estatura baixa, olhos pequenos, cabelos lisos, imberbes, pele
amorenada, sérios, quietos, supersticiosos e falavam a língua Gê.
A tribo “Morador do Mato”, onde segundo a
lenda, o dilúvio que cobriu a terra,
só salvou o Kaingang porque subiu
a serra. Viviam felizes, tranquilos, criavam seus filhos e produziam seu
próprio sustento, colhiam frutos silvestres, pescavam e fabricavam os
utensílios que precisavam, produziam suas armas para se defender dos animais
silvestres e viviam em paz.
Só que um
dia o “Morador do Mato” viu pernoitar junto ao Goyo En, pessoas com outras
características e conduziam tropas de mulas. Este fato inquietou o nativo que
se sentiu invadido e ameaçado. E, isso continuou a acontecer com frequência e é
lógico que eles reagiram a esta invasão.
Mas o pior
estava por vir, no ano de 1827, o Cabo Manoel José das Neves recebe um presente
do governo central, uma gleba dessa terra para fixar residência com sua
família, seu gado e seus escravos. Mais preocupações!!!
Joaquim
Fagundes dos Reis maçom, também recebe glebas de terras, que começa então
organizar o povoado econômica e socialmente. A política dominante na fase
inicial desse povoamento é qualificada como latifundiária, pastoril,
patriarcal, militar e escravocrata.
Árvores
iam sendo derrubadas para dar lugar a plantações, pastagens e todo o tipo de
construções, como lojas, indústrias artesanais, escolas, enfermarias e
moradias.
Em 1857 a vila crescia e transformava-se em
cidade, ignorando e se defendendo do nativo como se fosse mero estorvo e não o
dono. Mesmo assim Cabo Neves foi considerado “Fundador de Passo Fundo”, e
Joaquim Fagundes dos Reis seu patriarca.
Para
conhecer o início da história do município, podemos, entre outras coisas,
pesquisar documentos, observar fotografias antigas, textos e construções que
existem no município, que ajudam a compreender sua história. Algumas
construções foram mantidas desde a época de sua origem, sendo preservadas suas
características. Mas a maioria delas foram embora com o “progresso”.
Quando
andamos pelas ruas, é comum encontrarmos monumentos que ajudam a contar e,
deixar viva a história de cada acontecimento, episódio ou pessoa que contribuiu
para a formação da cidade, ou alguns fatos extraordinários ocorridos ao longo
da história.
Eles podem ser de diversos tipos: Bustos,
Estátuas e Obeliscos, nomes de ruas, de escolas e de praças, placas, etc
É de conhecimento geral que a história de um
município é dinâmica, está sempre em processo, por isso nesta coletânea há
pedacinhos de história de muitas pessoas, através de fotos, textos, relatos,
arquitetura e dados atuais, foram coletados e juntados aqui, para o nosso mundo
de faz de conta, de um rio que atravessa a cidade, de uma cidade que se formou
em torno do rio.
Nome: Rio
Passo Fundo
Comprimento:200
km.
Foz: Rio
Uruguai
Naturalidade:
Povinho Velho
Nacionalidade:
Brasileiro
UF: RS
Rio Passo
Fundo, o Nilo passo-fundense
“Por isso,
água querida, nós te devemos tanto
não
haveria a vida sem este teu encanto
Tu vieste a
nós como um presente, enviado pela mão divina
Que, para
nos dar saúde e vida, te fez pura e cristalina”
(Homenagem
à água, de Clóvis Oliboni Alves)
Salve, meu Passo Fundo querido!
Salve, Capital do Planalto Médio Rio-Grandense!
Salve, Capital Nacional da Literatura!
Salve, Capital Estadual do Bandoneon!
Salve, Capital do Norte Rio-Grandense!
Salve, Passo Fundo, do Cabo Neves, seu primeiro habitante (1827)!
Salve, Passo Fundo, de Joaquim Fagundes dos Reis, sua primeira autoridade
(1830)!
Salve, Passo Fundo, da Igreja da Imaculada Conceição Aparecida (1835)!
Salve, Passo Fundo, dos remanescentes habitantes Pós-Revolução
Farroupilha (reduzidos de 419 para 60 pessoas)!
Salve, Passo Fundo, de outros 107 municípios paridos de teu ventre!
Salve, Passo Fundo, dos cerca de 202 mil habitantes da atualidade!
SALVE, ENFIM, PASSO FUNDO, DA EMANCIPAÇÃO, EM SETE DE AGOSTO DE 1857, E
ANIVERSARIANTE DE HOJE, AOS 159 ANOS!
Todos nós, felizes, te saudamos! Ironi Andrade
Nenhum comentário:
Postar um comentário