sábado, 15 de outubro de 2016

O RIOZINHO FUNDO





Era uma vez, a muito, muito tempo atrás em 1628 no último estado do Brasil, havia um riozinho, que se chamava Rio Fundo. Junto a este riozinho vivia uma tribo, eles eram fortes, estatura baixa, olhos pequenos, cabelos lisos, imberbes, pele amorenada, sérios, quietos, supersticiosos e falavam a língua Gê.
 A tribo “Morador do Mato”, onde segundo a lenda, o dilúvio que cobriu a terra,  só  salvou o Kaingang porque subiu a serra. Viviam felizes, tranquilos, criavam seus filhos e produziam seu próprio sustento, colhiam frutos silvestres, pescavam e fabricavam os utensílios que precisavam, produziam suas armas para se defender dos animais silvestres e viviam em paz.
Só que um dia o “Morador do Mato” viu pernoitar junto ao Goyo En, pessoas com outras características e conduziam tropas de mulas. Este fato inquietou o nativo que se sentiu invadido e ameaçado. E, isso continuou a acontecer com frequência e é lógico que eles reagiram a esta invasão.
Mas o pior estava por vir, no ano de 1827, o Cabo Manoel José das Neves recebe um presente do governo central, uma gleba dessa terra para fixar residência com sua família, seu gado e seus escravos. Mais preocupações!!!
Joaquim Fagundes dos Reis maçom, também recebe glebas de terras, que começa então organizar o povoado econômica e socialmente. A política dominante na fase inicial desse povoamento é qualificada como latifundiária, pastoril, patriarcal, militar e escravocrata.
Árvores iam sendo derrubadas para dar lugar a plantações, pastagens e todo o tipo de construções, como lojas, indústrias artesanais, escolas, enfermarias e moradias.
 Em 1857 a vila crescia e transformava-se em cidade, ignorando e se defendendo do nativo como se fosse mero estorvo e não o dono. Mesmo assim Cabo Neves foi considerado “Fundador de Passo Fundo”, e Joaquim Fagundes dos Reis seu patriarca.
Para conhecer o início da história do município, podemos, entre outras coisas, pesquisar documentos, observar fotografias antigas, textos e construções que existem no município, que ajudam a compreender sua história. Algumas construções foram mantidas desde a época de sua origem, sendo preservadas suas características. Mas a maioria delas foram embora com o “progresso”.
Quando andamos pelas ruas, é comum encontrarmos monumentos que ajudam a contar e, deixar viva a história de cada acontecimento, episódio ou pessoa que contribuiu para a formação da cidade, ou alguns fatos extraordinários ocorridos ao longo da história.
 Eles podem ser de diversos tipos: Bustos, Estátuas e Obeliscos, nomes de ruas, de escolas e de praças, placas, etc
 É de conhecimento geral que a história de um município é dinâmica, está sempre em processo, por isso nesta coletânea há pedacinhos de história de muitas pessoas, através de fotos, textos, relatos, arquitetura e dados atuais, foram coletados e juntados aqui, para o nosso mundo de faz de conta, de um rio que atravessa a cidade, de uma cidade que se formou em torno do rio.


Nome: Rio Passo Fundo
Comprimento:200 km.
Foz: Rio Uruguai
Naturalidade: Povinho Velho
Nacionalidade: Brasileiro
UF: RS
Rio Passo Fundo, o Nilo passo-fundense
“Por isso, água querida, nós te devemos tanto
não haveria a vida sem este teu encanto
Tu vieste a nós como um presente, enviado pela mão divina
Que, para nos dar saúde e vida, te fez pura e cristalina”
(Homenagem à água, de Clóvis Oliboni Alves)


Salve, meu Passo Fundo querido!
Salve, Capital do Planalto Médio Rio-Grandense!
Salve, Capital Nacional da Literatura!
Salve, Capital Estadual do Bandoneon!
Salve, Capital do Norte Rio-Grandense!
Salve, Passo Fundo, do Cabo Neves, seu primeiro habitante (1827)!
Salve, Passo Fundo, de Joaquim Fagundes dos Reis, sua primeira autoridade (1830)!
Salve, Passo Fundo, da Igreja da Imaculada Conceição Aparecida (1835)!
Salve, Passo Fundo, dos remanescentes habitantes Pós-Revolução Farroupilha (reduzidos de 419 para 60 pessoas)!
Salve, Passo Fundo, de outros 107 municípios paridos de teu ventre!
Salve, Passo Fundo, dos cerca de 202 mil habitantes da atualidade!
SALVE, ENFIM, PASSO FUNDO, DA EMANCIPAÇÃO, EM SETE DE AGOSTO DE 1857, E ANIVERSARIANTE DE HOJE, AOS 159 ANOS!

Todos nós, felizes, te saudamos! Ironi Andrade

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