quarta-feira, 22 de junho de 2016

CANTIGAS DE PÁSCOA



De olhos Vermelhos
De pêlo branquinho
Orelhas bem grandes
Eu sou o coelhinho
Sou muito assustado
Porém sou guloso
Por uma cenoura
Eu fico manhoso
Eu pulo pra frente
Eu pulo pra trás
Dou mil cambalhotas
Sou forte demais
Comi uma cenoura
Com casca e tudo
Tão grande ela era
Fiquei barrigudo

Coelhinho da Páscoa

Coelhinho da Páscoa, que trazes pra mim?
Um ovo, dois ovos, três ovos assim!
Um ovo, dois ovos, três ovos assim!

Coelhinho da Páscoa, que cor eles têm?
Azul, amarelo e vermelho também!
Azul, amarelo e vermelho também!

Coelhinho da Páscoa, com quem vais dançar?
Com esta menina que sabe cantar!

Com esta menina que sabe cantar!
Coelhinho maroto, porque vais fugir?

Em todas as casas eu tenho que ir!
Em todas as casas eu tenho que ir

Coelhinho da Páscoa

Que trazes pra mim,

Um ovo, dois ovos,

Três ovos, assim,

Um ovo, dois ovos

Três ovos assim. 

Coelhinho  Maroto

Que cor ele tem,

Azul, amarelo,

Vermelho também,

Coelhinho eu te peço

Pra felicidade 

Pra que os homens no mundo

concedem amizade

Coelhinho eu te peço

Pra felicidade 

Para que os homens no mundo

concedem amizade

Coelhinho da Maroto

Que cor ele tem,

Azul, amarelo

Vermelho também!

CoelhinhoTristonho

Coelhinho você está tristinho.

Coelhinho você quer dançar?

Escolha a sua parceira

E  venha comigo bailar.Baila... Baila...

E traz um ovinho pra mim... Pra mim...

Baila... Baila...

E traz um ovinho pra mim... Pra mim...



CANTIGAS DO ÍNDIO E DO LIVRO



Cantigas do Indio e do Livro

Indiozinhos 
1,2,3 indiozinhos
4,5,6 indiozinho
7,8,9 indiozinhos
10 num pequeno bote.  
Foram navegando pelo rio abaixo
Quando um jacaré se aproximou
E o pequeno bote dos indiozinhos
Quase, quase virou 
(Repete: 1,2,3 indiozinhos...)  

Os indiozinhos

(ciranda, cirandinha)
1.Cinco indiozinhos,
Sentados em seu lugar,
Começaram a cantar;
Quantos índios vão brincar?

1,2,3,4,5, indiozinhos
De roda vão brincar,
E bem alegres vão ficar.

2.Cinco indiozinhos,
de pé em seu lugar,
Começaram a cantar;
Quantos índios vão saltitar?

1,2,3,4,5, indiozinhos
De pé  vão saltitar,
E bem alegres vão ficar.

3.Cinco indiozinhos,
Em fila em seu lugar,
Começaram a cantar;
Quantos índios vão marchar?

1,2,3,4,5, indiozinhos
Começaram a marchar,
E bem alegres vão ficar.

4.Cinco indiozinhos.
Deitando em seu lugar,
Começaram a cantar;
Quantos índios vão rolar?

1,2,3,4,5, indiozinhos
No chão se vão rolar,
E bem alegres vão ficar.

5.Cinco indiozinhos.
Alegres a brincar,
Começaram a cantar;
Quantos índios alegres vão dançar?

1,2,3,4,5, indiozinhos
Alegres vão dançar,
E bem alegres vão ficar.
  
Sítio do Picapau Amarelo
Marmelada de banana
Bananada de goiaba
Goiabada de marmelo
Sítio do Pica-pau-amarelo
Sítio do Pica-pau-amarelo

Boneca de pano é gente
Sabugo de milho é gente
O sol nascente é tão belo
Sítio do Pica-pau-amarelo
Sítio do Pica-pau-amarelo

Rios de prata, piratas
Vôo sideral na mata
Universo paralelo
Sítio do Pica-pau-amarelo
Sítio do Pica-pau-amarelo

No país da fantasia
Num estado de euforia
Cidade polichinelo
Sítio do Pica-pau-amarelo
Sítio do Pica-pau-amarelo.

Meu livrinho (Meu pintinho amarelinho)
Meu livrinho queridinho
Que me ensina com carinho,
Com carinho.
Vou prestar muita atenção
E aprender com o coração.

SÓ A BRINCAR



SÓ A BRINCAR
Quando me virem a montar blocos
A construir casas, prédios, cidades
Não digam que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender sobre o equilíbrio e as formas
Um dia, posso vir a ser engenheiro ou arquiteto.
Quando me virem a fantasiar
A fazer comidinha, a cuidar das bonecas
Não pensem que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a cuidar de mim e dos outros
Um dia, posso vir a ser mãe ou pai.
Quando me virem coberto de tinta
Ou a pintar, ou a esculpir e a moldar barro
Não digam que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a expressar-me e a criar
Um dia, posso vir a ser artista ou inventor.
Quando me virem sentado
A ler para uma plateia imaginária
Não riam e achem que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a comunicar e a interpretar
Um dia, posso vir a ser professor ou ator. 
Quando me virem à procura de insetos no mato
Ou a encher os meus bolsos com bugigangas
Não achem que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a prestar atenção e a explorar
Um dia, posso vir a ser cientista.
Quando me virem mergulhado num puzzle
Ou nalgum jogo da escola
Não pensem que perco tempo a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a resolver problemas e a concentrar-me
Um dia posso vir a ser empresário.
Quando me virem a cozinhar e a provar comida
Não achem, porque estou a gostar, que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a seguir as instruções e a descobrir as diferenças
Um dia, posso vir a ser Chefe.
Quando me virem a pular, a saltar a correr e a movimentar-me
Não digam que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender como funciona o meu corpo
Um dia posso vir a ser médico, enfermeiro ou atleta.
Quando me perguntarem o que fiz hoje na escola
E eu disser que brinquei
Não me entendam mal
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a trabalhar com prazer e eficiência
Estou a preparar-me para o futuro
Hoje, sou criança e o meu trabalho é brincar.
(Poema de origem desconhecida)

"... A ciência diz: o corpo é uma maquina.
A publicidade diz: o corpo é um negócio.
O corpo diz: eu sou uma festa."
( Eduardo Galeano - Janela sobre o corpo )
Sabemos que o brincar é um direito da criança como apresentam diversos documentos internacionais:
"... A criança deve ter todas as possibilidades de entregar-se aos jogos e às atividades recreativas, que devem ser orientadas para os fins visados pela educação; a sociedade e os poderes públicos devem esforçar-se por favorecer o gozo deste direito". (Declaração universal dos direitos da criança, 1959)
A criança para ser feliz precisa de muita coisa, mas, em especial ela precisa de:


Brincar é sentir o prazer das sensações extremas, é tentar conhecer os próprios limites, é sair por instantes da realidade, é a entrega aos sentidos, é elevar os pensamentos até o nada, é igualar a alma às dos poetas:

Parábola da Sede
Sete educadores se perderam em uma região seca, de terreno arenoso, de vegetações rasteiras e retorcidas.
Perdidos, caminharam. Caminharam perdidamente.
Finalmente, felizmente, os sete educadores encontraram um fio d’água, um córrego, um riacho.
Entretanto, habituados à torneira, os sete educadores se contentaram em avaliar o enorme desperdício de água.
E os sete educadores morreram de sede para sempre.

Nós, educadores – pais, tio, avós, professores -, precisamos beber desta água que corre, água-infância, que está ao alcance do nosso coração, das nossas mãos e da nossa inteligência. 

Dentre vários pontos de vista:
do ponto de vista filosófico, o brincar é abordado como um mecanismo para contrapor à racionalidade. A emoção deverá estar junto na ação humana tanto quanto a razão;
do ponto de vista sociológico, o brincar tem sido visto como a forma mais pura de inserção da criança na sociedade. Brincando, a criança vai assimilando crenças, costumes, regras, leis e hábitos do meio em que vive;
do ponto de vista psicológico, o brincar está presente em todo o desenvolvimento da criança nas diferentes formas de modificação de seu comportamento;
do ponto de vista da criatividade, tanto o ato de brincar como o ato criativo estão centrados na busca do “eu”. É no brincar que se pode ser criativo, e é no criar que se brinca com as imagens e signos fazendo uso do próprio potencial;
do ponto de vista pedagógico, o brincar tem-se revelado como uma estratégia poderosa para a criança aprender.

Brincando, a criança aumenta sua independência, estimula sua sensibilidade visual e auditiva, valoriza sua cultura popular, desenvolve habilidades motoras, exercita sua imaginação, sua criatividade, socializa-se, interage, reequilibra-se, recicla suas emoções, sua necessidade de conhecer e reinventar e, assim, constrói seus conhecimentos.

Enquanto a aprendizagem é vista como apropriação e internalização de signos e instrumentos num contexto sociointeracionista, o brincar é a apropriação ativa da realidade por meio da representação. Desta forma, brincar é análogo a aprender.

O lúdico proporciona um desenvolvimento sadio e harmonioso, sendo uma tendência instintiva da criança. Ao brincar, a criança aumenta a independência, estimula sua sensibilidade visual e auditiva, valoriza a cultura popular, desenvolve habilidades motoras, diminui a agressividade, exercita a imaginação, promovendo assim, o desenvolvimento
criatividade, aprimora a inteligência emocional, o crescimento mental e a adaptação social.
O lúdico é essencial para uma escola que se proponha não somente ao sucesso pedagógico, mas também à formação do cidadão, porque a conseqüência imediata dessa ação educativa é a aprendizagem em todas as dimensões: social, cognitiva, relacional e pessoal.
  
Prô Lúcia Martinelli – 7/10