quarta-feira, 4 de maio de 2016

OS TRÊS PORQUINHOS - FRASES SOBRE LEITURA

OS TRÊS PORQUINHOS


Os Três Porquinhos - Atual
Era uma vez três porquinhos que viviam juntos, unidos pelo respeito mútuo, e em harmonia com o meio ambiente. Usando materiais nativas daquela região, cada um deles construiu uma linda casa. Um porquinho construiu a casa de palha, outro uma casa de madeira, e o terceiro uma casa com tijolos feitos com fibras naturais e rampas para deficientes físicos na calçada. Quando terminaram os porquinhos ficaram satisfeitos com o seu trabalho e instalaram-se para viver em paz e autonomia. Um dia lá se veio um lobo com idéias expansionistas. Viu os porquinhos e ficou faminto. Quando os porquinhos viram o lobo correram para a casa de palha. O lobo disfarçou-se de entregador de pizzas e tocou a campainha. Quando os porquinhos abriram a porta o lobo anunciou: "É a pizza!"Mas os porquinhos responderam: " Não comemos pizzas. Pizzas são gordurosas e têm muito amido, o que vai contra qualquer dieta saudável.""Mas é pizza diet!" retrucou o lobo. Revoltados com a propaganda enganosa, os porquinhos bateram a porta na cara do lobo, que, enfurecido, gritou: "Porquinhos, porquinhos, deixem-me entrar!" E os porquinhos responderam: "A sua tática de ataque não mete medo a porquinhos que defendem o seu lar e a sua cultura." Mas o lobo não desejava frustrar o que considerava ser seu destino manifesto. E assim ele soprou e bufou e pôs abaixo a casa de palha. Os porquinhos, aterrorizados, correram para a casa de madeira, com o lobo logo atrás deles. No lugar da casa de palha, outros lobos compraram a terra e iniciaram uma plantação de bananas, usando indiscriminadamente pesticidas e fertilizantes químicos. Na casa de madeira, o lobo esmurrou a porta e gritou: "Porquinhos, porquinhos deixem-me entrar!"E os porquinhos responderam: "Vá para o inferno, seu opressor carnívoro, seu imperialista!" Ouvindo isto o lobo sorriu e pensou: "Eles são tão infantis. É uma pena que tenham que morrer, mas não se pode deter o progresso". E assim o lobo pôs abaixo a casa de madeira. Os porquinhos correram para a casa de tijolos. No lugar da casa de madeira, outros lobos construíram um complexo turístico de trinta andares, desrespeitando a área protegida da região. Na casa de tijolos, o lobo novamente gritou: "Porquinhos, deixem-me entrar!"Desta vez, como resposta, os três cantaram canções de solidariedade e enviaram cartas de protesto às Nações Unidas. Nesta altura, o lobo estava zangado com a recusa dos porquinhos em encarar o problema pelo ponto de vista de um carnívoro. Então, ele soprou, soprou e bufou, até que segurou o peito e caiu fulminado com um enfarte causado por colesterol alto, vida sedentária e excesso de cigarros. Os três porquinhos rejubilaram, pois a justiça triunfara, e dançaram em volta do corpo do lobo. O próximo passo foi libertar o território ocupado. Reuniram porquinhos que tinham sido expulsos das suas terras e, juntos, exigiram a intervenção do exército que cercou o local e, sem o uso da força, invadir lares, ou desrespeitar os direitos dos lobos trabalhadores, acabou com o crime organizado. Os porquinhos estabeleceram uma social-democracia modelo com educação gratuita, seguro de saúde para todos e, é claro, financiamento da casa própria.
Filme: OS TRÊS PORQUINHOS

1.Compare as duas histórias: Qual delas você achou mais interessante?
2.Que elementos modernos aparecem numa história e não na outra?
3.A linguagem utilizada nos dois textos são iguais? Qual delas é de mais fácil entendimento?
4.Os personagens são pessoas ou animais?
5.Quem são os personagens principais e secundários?
6.O que identifica o texto como conto?
7.O que você achou da atitude da mãe dos porquinhos quando ela divide suas economias entre os três, para que tenham responsabilidade e vão morar sozinhos?
8.Você sabe como se chamam Os Três Porquinhos?
9.A história é urbana ou rural?
10.Por que eles usaram materiais diferentes para a construção das casas?
11.Quem são os personagens do bem? E os do mal?
12.Quem se deu melhor?
13.Sublinhe no texto, palavras que você não conhece:
14.O diálogo do texto acontece entre quais os personagens?
15.Copie o diálogo em que o lobo mente para os porquinhos:
16.O que você acha da mentira? Já mentiu alguma vez?

17.Assinale o melhor final para o lobo na sua opinião:
( ) Nesta altura, o lobo estava zangado com a recusa dos porquinhos em encarar o problema pelo ponto de vista de um carnívoro. Então, ele soprou, soprou e bufou, até que segurou o peito e caiu fulminado com um enfarte causado por colesterol alto, vida sedentária e excesso de cigarros.
( ) O lobo se jogou dentro da chaminé, na intenção de surpreender os porquinho entrando pela lareira. Foi quando ele caiu bem dentro do caldeirão de sopa fervendo. ___AUUUUUUU!- Uivou o lobo de dor, saiu correndo em disparada em direção à porta e nunca mais foi visto por aquelas terras.

18.Assinale o melhor final na sua opinião para Os Porquinhos:
( ) Os três porquinhos rejubilaram, pois a justiça triunfara, e dançaram em volta do corpo do lobo. O próximo passo foi libertar o território ocupado. Reuniram porquinhos que tinham sido expulsos das suas terras e, juntos, exigiram a intervenção do exército que cercou o local e, sem o uso da força, invadir lares, ou desrespeitar os direitos dos lobos trabalhadores, acabou com o crime organizado. Os porquinhos estabeleceram uma social-democracia modelo com educação gratuita, seguro de saúde para todos e, é claro, financiamento da casa própria.

( ) Os três porquinhos, pois, decidiram morar juntos daquele dia em diante. Os mais novos concordaram que precisavam trabalhar além de descansar e brincar. Pouco tempo depois, a mãe dos porquinhos não agUentando as saudades, foi morar com os filhos. Todos viveram felizes e em harmonia na linda casinha de tijolos.
19.Quem disse esta frase?"Vá para o inferno, seu opressor carnívoro, seu imperialista!" ..........................................

"Eles são tão infantis. É uma pena que tenham que morrer, mas não se pode deter o progresso".
20.Copie o parágrafo em que os Porquinhos respondem para o Lobo por que eles não comem pizza, pinte os espaços e compare o número encontrado com os colegas:

Frases sobre leitura




"A leitura é para o intelecto o que o exercício é para o corpo."(Joseph Addison)
"A leitura faz ao homem completo; a conversa, ágil, e o escrever, preciso." (Francis Bacon)
"Uma boa leitura dispensa com vantagem a companhia de pessoas frívolas." (Marquês de Maricá)
"Em muitas ocasiões a leitura de um livro fez a fortuna de um homem, decidindo o curso de sua vida." (Ralph Waldo Emerson)
"A leitura é uma conversação com os homens mais ilustres dos séculos passados." (René Descartes)
"A leitura deve ser para o espírito como o alimento para o corpo, moderada, sã e de boa digestão." (Marquês de Maricá)
"A leitura é a viagem de quem não pode pegar um trem." (Francis de Croisset)
"Quem não lê não pensa, e quem não pensa será para sempre um servo." (Paulo Francis)
"A leitura, após certa idade, distrai excessivamente o espírito humano de suas reflexões criadoras. Todo o homem que lê demais e usa o cérebro de menos, adquire a preguiça de pensar." (Albert Einstein)
"Amar a leitura é trocar horas de fastio por horas de inefável e deliciosa companhia." (John F. Kennedy)
"A leitura é uma fonte inesgotável de prazer mas por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede." (Carlos Drummond de Andrade)
"A leitura não é uma atividade elitizada, mas uma ferramenta de transformação social dos indivíduos." (Julian Correa)
"Muitos homens iniciaram uma nova era na sua vida a partir da leitura de um livro." (Henry David Thoreau)
"A leitura, como a comida, não alimenta senão digerida." (Marquês de Maricá)
"Um público comprometido com a leitura é crítico, rebelde, inquieto, pouco manipulável e não crê em lemas que alguns fazem passar por idéias." (Mário Vargas Llosa)
"A leitura não deve ser mais do que um exercício para nos obrigar a pensar." (Edward Gibbon)
"Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento." (Arthur Helps)
"A leitura é muito mais do que uma simples relação dos olhos com os livros... A leitura é um espaço, um lugar predileto, uma luz escolhida, um ritual em que importa até a época do ano." (Luis Garcia Montero)
"Não creio que possa haver nem exista leitura mais entretida, mais encantadora, que a dos livros de Hume, do ponto de vista estritamente psicológico." (Manuel García Morente)
"A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde." (André Maurois)
"Descobri que a leitura é uma forma servil de sonhar. Se tenho de sonhar, porque não sonhar os meus próprios sonhos?" (Fernando Pessoa)
"A maior parte do tempo de um escritor é passado na leitura, para depois escrever; uma pessoa revira metade de uma biblioteca para fazer um só livro." (Samuel Johnson)
"O importante é motivar a criança para leitura, para a aventura de ler." (Ziraldo)
"À leitura deslizante ou horizontal, um simples patinar mental, é preciso substituir pela leitura vertical, a imersão no pequeno abismo que é cada palavra, fértil mergulho sem escafandro." (José Ortega y Gasset)
"São necessários anos de leitura atenta e inteligente para se apreciar a prosa e a poesia que fizeram a glória das nossas civilizações. A cultura não se improvisa." (Julien Green)
"Nós mudamos incessantemente. Mas se pode afirmar também que cada releitura de um livro e cada lembrança dessa releitura renovam o texto." (Jorge Luis Borges)
"A leitura especializada é útil, a diversificada dá prazer." (Sêneca)
"A leitura é um grande lenitivo para a velhice nos achaques que a incomodam, e reclusão a que obrigam." (Marquês de Maricá)
"A leitura engrandece a alma." (Voltaire)
"A leitura nutre a inteligência." (Sêneca)

DIA DOS PAIS

DIA DOS PAIS E O FUTEBOL

Pai e futebol.
Estas duas palavras sempre combinaram muito bem.
Talvez seja por isso que exista sobre a face da Terra temperamentos de papais que se identificam perfeitamente com o esporte das multidões.
Há aqueles que marcam os filhos bem de perto. Existem outros que deixam seus rebentos em completo impedimento, podando suas mais simples aspirações.
Há os pais técnicos, cheios de estratégias para o futuro dos garotos. Tem aqueles "mascarados" que não dão a mínima bola para seus gurís. Outros, pelo contrário vivem tabelando com a filharada até a boca do gol.
Existem pais que estão sempre na retranca e há aqueles que a toda hora correm para o abraço. Tem os pais goleiros que seguram firme todas as barras e os pais centroavantes que estão sempre driblando os obstáculos do tempo para cumprir seu destino.
No campo de futebol chamado lar tem o pai que divide...o que catimba...o que faz lançamentos(bancários)... o que vive dando cartões amarelos quando a meninada chega de madrugada...e há até o pai gandula que corre feito doido para que o jogo dos filhos não pare.
Quando o dia dos pais chegar, faça de conta que ele acabou de marcar um gol...um gol, não. Um golaço! E comemore com muita alegria
.

Papá Papai Papo Papão

Tem pai que é alto e gordão.
Tem pai que é baixo e magricelinha .
Tem pai que é tão forte que parece Tarzan .
Tem pai fraquinho que parece Tarzan depois da gripe .
Tem pai bicho-papão . Ele dá medo .
Tem pai papo . Promete uma porção de coisas e não faz .
Tem pai que é legal .Superpai .
Conversa com a gente .Brinca .
Pai que lembra que já foi criança e então sabe do que a gente gosta, quer e precisa .
Quando eu nasci virei filho e meu pai virou pai .
Eu era pequenininho . Meu pai era grandão .
Já vivia no mundo . Já sabia muitas coisas .
Ele me deu vida . Me deu nome .
Me dá bronca, mas me abraça também .
Explica coisas interessantes .
Mas tem uma coisa engraçada : outro dia meu pai falou
que ele também aprende comigo .
Será que eu posso ensinar alguma coisa pro meu pai ?
Meu pai também falou que ele é filho do meu avô .
E que meu avô também era filho do meu bisavô .
E meu bisavô do meu tataravô .
E o mais curioso de tudo isso é que todos nós somos filhos
de um mesmo pai . Sabe quem é ? Deus !!!!


O Dia dos Pais é comemorado em muitos países, mas não em todos eles. E em cada língua a palavra Pai é escrita de uma maneira diferente, e em alguns línguas a palavra chega a ficar inreconhecivel.
Agora se você quer prestar aquela homenagem para seu pai, ou então, fazer uma linda carta, mensagem, poesia ou cartão, o interessante é que você escreva no final dela, Pai em diversas, ou melhor, diferentes línguas, ou pelo menos, nos principais idiomas do mundo. Por isso, aqui no Dia dos Pais 2009, você vê algumas traduções da palavra Pai.

Veja como se escreve a palavra Pai em outras 8 línguas:
Pai em Inglês: FatherPai em Espanhol: PadrePai em Frances: PèrePai em Alemão: VaterPai em Italiano: PadrePai em Holandês: VaderPai em Russo: ОтецPai em Norueguês: Far
Poema Dia dos Pais

Pensei que fosse fácil fazer-te um poema, papai.Mas vejo que tua vida é um poema difícil,que a gente não pode escrever.
Vejo os calos das mãos que contam histórias de enxadas,caminhando pelos campos; e histórias de chinelos,falando uma linguagem, que os filhos não entendem.
Vejo os calos dos joelhos, que contam histórias humildes de horas silenciosas, conversadas com Deus.Vejo as rugas da fronte que falam das rugas da alma como sulcos da terra que as chuvas abriram.
Vejo os pés cansados, rasgados por espinhos, que a gente não vê.Vejo o calor brilhante do coração que sempre nos ama, quando ainda não sabíamos amar.Eu me lembro de um pai, que dorme de olhos abertos pensando no filho, que não abre os olhos.
Lembro-me de um pai,Que varre o lixo das ruas,Pensando no lixo das casas,Que não pode varrer.
Lembro-me de um pai,Que bebe suas mágoas na garrafa,Pensando matar as mágoas da vida.
Lembro-me de papai:É difícil fazer um poema para ti,Que vives o poema mais lindo.
Afonso Ritter

História do dia dos pais

História do dia dos pais
Dizem que o primeiro a comemorar o Dia dos Pais foi um jovem chamado Elmesu, na Babilônia, há mais de 4.000 anos. Ele teria esculpido em argila um cartão para seu pai. Mas a instituição de uma data para comemorar esse dia todos os anos é bem mais recente... Em 1909, a norte-americana Sonora Louise Smart Dodd queria um dia especial para homenagear o pai, William Smart, um veterano da guerra civil que ficou viúvo quando sua esposa teve o sexto bebê e que criou os seis filhos sozinho em uma fazenda no Estado de Washington. Foi olhando para trás, depois de adulta, que Dodd percebeu a força e generosidade do pai.
O primeiro Dia dos Pais foi comemorado em 19 de junho de 1910, em Spokane, Washington. A rosa foi escolhida como a flor oficial do evento.
Os pais vivos deviam ser homenageados com rosas vermelhas e os falecidos com flores brancas. Pouco tempo depois, a comemoração já havia se espalhado por outras cidades americanas. Em 1972, Richard Nixon proclamou oficialmente o terceiro domingo de junho como Dia dos Pais.
O pai brasileiro ganhou um dia especial a partir de 1953.
A iniciativa partiu do jornal O Globo do Rio de Janeiro, que se propôs a incentivar a celebração em família, baseado nos sentimentos e costumes cristãos. Primeiro, foi instituído o dia 16 de agosto, dia de São Joaquim. Mas, como o domingo era mais propício para as reuniões de família, a data foi transferida para o segundo domingo de agosto. Em São Paulo, a data foi formalmente comemorada pela primeira vez em 1955, pelo grupo Emissoras Unidas, que reunia Folha de S. Paulo, TV Record, Rádio Pan-americana e a extinta Rádio São Paulo. O grupo organizou um grande show no antigo auditório da TV Record para marcar a data. Lá, foram premiados Natanael Domingos, o pai mais novo, de 16 anos; Silvio Ferrari, de 96 anos, como o pai mais velho; e Inácio da Silva Costa, de 67 anos, como o campeão em número de filhos, um total de 31. As gravadoras lançaram quatro discos em homenagem aos pais. O maior sucesso foi o baião É Sempre Papai, com letra de Miguel Gustavo, interpretada por Jorge Veiga.
O Dia dos Pais acabou contagiando todo o território brasileiro e até hoje é comemorado no segundo domingo de agosto.Muitos países têm datas especiais para homenagear os pais.
A Inglaterra e a Argentina também comemoram a data no terceiro domingo de junho.
Na Itália e em Portugal, a homenagem acontece no Dia de São José, 19 de março.
Na Austrália, é no segundo domingo de setembro.
E na Rússia, no dia 23 de fevereiro.
Pais em outras culturas
Repouso pós-parto
Em algumas tribos indígenas brasileiras, é costume o pai manter resguardo no lugar da mãe que deu à luz. São quase dois meses de descanso, com alimentação leve e abstenção de sexo. Também para ele são destinados os presentes dados pelos membros da família. Costume machista? Nada disso. É que, para essas sociedades, o pai é o responsável pela existência do filho. O bebê só cresce e se fortalece no útero materno por causa das constantes "visitas" do futuro pai à sua mulher. Esse grande esforço de nove meses de relações sexuais constantes exige repouso, para renovar as energias físicas.
Responsabilidades religiosas
Na cultura judaica tradicional, o pai é responsável pela educação religiosa dos filhos. O destaque fica para a educação do menino, que, a partir dos 7 anos, começa a aprender os rituais religiosos. Com 13 anos, o pai o leva à sinagoga, onde, depois da cerimônia conhecida como Bar-Mitzva, o garoto se torna membro efetivo e participante da comunidade.
Nas famílias judaicas, exemplos de patriarcalismo, os pais recebem todo o respeito e obediência dos filhosTradição oral Entre os ciganos, a figura paterna tem papel de destaque. Cabe ao pai a decisão final sobre qualquer atitude dos filhos e é ele quem supervisiona a educação que a mãe dá às crianças. É também o pai quem se encarrega de ensinar aos meninos as técnicas de comércio, forma milenar de sobrevivência do povo cigano. Numa cultura que valoriza a tradição oral, o pai tem o dever de passar para sua descendência os conhecimentos adquiridos nas gerações passadas, como tocar instrumentos musicais (acordeão, violão e violino), fazer artesanato de cobre e falar a língua de seu povo, o romanês.
Também é ele quem decide sobre o casamento dos filhos. Namoro? Nem pensar. Os pais da noiva e do noivo se reúnem e definem o dote, pago pela família do futuro marido. O poder do pai sobre os filhos só acaba em caso de casamento desfeito. Nessa situação, o pai não pode mais ver os filhos pelos próximos dez anos. O fim do casamento representa o fim da paternidade.



HINO NACIONAL

O que diz o nosso hino
Ouviram-se nas margens serenas do Ipiranga,
gritos fortes e estrondosos de um povo valente,
num dia em que o sol brilhava com raios de liberdade.
No céu aparecia mais uma pátria com seus próprios domínios,
a segurança de uma pátria conquistada com os esforços de seus próprios filhos que lutava em busca de liberdade ou de morte. Seus filhos clamavam:
“salve nossa pátria amada”.
Quando a liberdade tão sonhada desce à terra,
no seu formoso céu nasce a imagem de um brilhante Cruzeiro,
Um país enorme por natureza, bonito, forte,
corajoso, com grande poder onde o futuro transmite essa grandeza.
Brasil terra amada! Entre as várias nações és tu uma outra pátria,
delicada mãe dos filhos deste solo brasileiro.
Deitado eternamente em berço, vivos,
alegres, ao lado do mar sob a luz do céu profundo.
Brasil, uma flor da América, iluminado pelo sol do novo mundo,
com terras enfeitadas, campos floridos e bosques resistentes,
o que faz a vida mais amada.
Brasil de amor, símbolo do mundo,
sua bandeira apresenta estrelada,
com o verde amarelo nos dizendo:
paz no futuro! Glória no passado!
A justiça é sua arma e teus filhos não fogem à luta, morrem por ela.

INTERPRETAÇÃO:
Cláudio Wilson dos Santos Pereira (Texto escrito em 1994, nos comemorativo da semana da pátria)

Em alguma outra vida, devemos ter feito algo de muito grave,
Para sentirmos tanta saudade...
Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um tapa, um soco, um pontapé , doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa,
Dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe,
Saudade de uma cachoeira da infância,
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais,
Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu,Saudade de uma cidade,
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem estas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar no quarto e ela na sala, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela pra faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor,
Ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi à consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre culpada,
Se ele tem assistido às aulas de inglês, se aprendeu a entrar na internet,
A encontrar a página do Diário Oficial, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros,
Se ele continua preferindo Malzebier, se ela continua detestando McDonalds,
Se ele continua amando, se ela continua a chorar até nas comédias.Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos,
Não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento,
Não saber como frear as lágrimas diante de uma música,
Não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
É não saber se ela está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer.Saudade é isso que eu estive sentido enquanto escrevia.
E o que você provavelmente estará sentindo depois que acabar de ler.Martha Medeiros
 
CADA PESSOA QUE PASSA EM NOSSA VIDA NÃO É ÚNICA, PASSA SOZINHA, MAS NÃO VAI SOZINHA E NEM NOS DEIXARÁ SÓ. SEMPRE DEIXA UM POUCO DE SI ELEVA UM POUCO DE NÓS. HÁ AS QUE LEVAM E DEIXAM MUITO. O TEMPO NÃO APAGA A DISTANCIA, NÃO ESQUECE, E A SAUDADES GANHA UM LUGAR NO MEU CORAÇÃO. NÃO SÃO SUBSTITUÍDOS POR NADA E SENTE PRESENTE MESMO COM A AUSÊNCIA. SAUDADES SEMPRE MANA! VOCÊ FOI E SERÁ SEMPRE MUITO ESPECIAL EM MINHA VIDA!

TEXTOS DE RUBEM ALVES

JOANINHAS


Existem joaninhas de várias cores: vermelha, amarela, verde, laranja, dourada;
* As cores das joaninhas servem para avisar para os predadores que elas não são saborosas;

* Existem 5.000 espécies de joaninha;
* A joaninha mais comum é a vermelha com pintas pretas. Ela tem 7 pintas;
* As outras joaninhas, de outras cores, têm mais de 7 pintas ou menos;
* Existe joaninha-macho e joaninha-fêmea. A fêmea é maior que o macho;
* A joaninha voa no verão e, no inverno, ela fica na casca da árvore para colocar seus ovos;
* As joaninhas ficam juntas no inverno, para se proteger do frio;
* A joaninha coloca de 3 a 50 ovos;
* A joaninha nasce de um ovinho, depois vira larva e aí vira joaninha;
* A joaninha voa. Ela tem asas;
* A joaninha tem uma casca dura (onde têm suas pintas) e, embaixo, estão suas asas;
* A joaninha tem 6 patas, 3 de cada lado;
* A joaninha tem 2 antenas, que servem para ela sentir o cheiro e o gosto;
* A joaninha se defende dos seus predadores soltando um líquido amarelo e com um cheiro ruim. Ela também se finge de morta, para não comerem ela;
* A joaninha é amiga dos agricultores, ela come os pulgões que comem e estragam as plantações;
* A joaninha é usada por alguns plantadores para proteger a plantação;
* A joaninha come ácaros, pulgões e outros insetos;
* A joaninha não é bem redondinha. Ela tem o corpo mais compridinho, e tem cabeça;
* A joaninha enxerga para todos os lados;
* A joaninha gosta de pousar nas flores e folhas;
* A joaninha tem meio centímetro. É menor que uma unha;
* A joaninha é muito comilona, come entre 40 a 75 pulgões por dia;
* A joaninha bate suas asas 85 vezes por segundo durante o seu vôo.
LENDAS E CRENÇAS PELO MUNDO
Matar uma joaninha pode trazer azar e tristeza.
Se uma joaninha pousar em você e depois voar, levará com ela suas aflições (França).
Se uma joaninha é mantida na mão enquanto se faz um desejo, a direção para a qual ela voar, em seguida, é onde se deve tentar a sorte.
Se uma joaninha tem mais de sete pintas, trará fome, se forem menos de sete, a colheita será boa.
Se na primavera há muitas joaninhas voando, a colheita daquele ano será boa (Estados Unidos).
As joaninhas trazem bom tempo (Bretanha).
Se uma joaninha andar pela mão de uma jovem, ela se casará naquele ano (Bélgica).
As joaninhas levam os bebês para seus pais (Suíça)
As pintas nas costas da joaninha indicam o número de filhos destinados à pessoa em cuja mão ela pousar (Bruxelas).
As joaninhas podem entender a fala humana, pois foram abençoadas por Deus (Ásia).
Se uma joaninha pousa na sua mão, você ganhará um par de luvas; se pousar na cabeça, ganhará um novo chapéu (Grã Bretanha, na Era Vitoriana).
Se uma joaninha pousa na sua mão ao entrar em casa, conte as pintas e esse será o montante de dinheiro que você ganhará em breve.
No século 19, alguns médicos acreditavam que joaninhas curavam sarampo e dentistas usavam joaninhas esmagadas em cáries para aliviar a dor.
Se um homem e uma mulher virem uma joaninha ao mesmo tempo, haverá romance entre eles (Noruega).

QUEM É VOCÊ?

Vc aguenta a sua carga?
Um camelo robusto percorre de 30 a 40 Km por dia, conduzindo uma carga de 250 Kg.
No verão pode passar de 2 a 3 dias sem água e 1 ou 2 dias sem alimento.
No inverno pode suportar até 8 dias a falta de água e não se alimentar por 4 dias,
sem inconveniente para a sua saúde.

O camelo bactriano é bem mais dócil e calmo que o dromedário.
Sem oferecer residência, este animal deixa-se apanhar e arrear,
abaixar-se sem protestar e pára sozinho se a carga que leva no dorso ameaça cair.
Entretanto, uma lebre basta para apavorá-lo a ponto de fugir, no que é logo imitado por seus companheiros.

Uma grande pedra negra no caminho,
um monte de ossos ou
uma sela caída no chão aterrorizam-no de tal forma que ele perde a cabeça e transtorna a caravana.

Atacado por um lobo o camelo nem se quer pensa em se defender.
Embora bastasse um coice seu para pôr o adversário fora de combate,
o camelo bactriano contenta-se cuspindo-lhe em cima e gritando.

O ser humano dispõe de uma capacidade específica para suportar determinadas cargas emocionais.
Tudo o que quebra o equilíbrio interno de um ser humano pode ser entendido como um evento de preocupação
Quanta carga suportamos?
Sinceramente não tenho idéia mas,
existe algumas fases que podemos observar e medir o nível de cargas a que somos submetidos.

Desenvolve-se em três estágios particulares:

1 - fase de alarme (confronto),
Quando somos expostos a inúmeros eventos que agridem a nossa individualidade.

2 - resistência (necessidade de recuperação) e,
No confronto ganhando ou perdendo, necessitamos de um tempo para pensar e analisar, o porque do confronto.
apartir desse ponto resolver o problema definitivamente(descarregando a carga). ou guarda-lo no coração, arquiva-lo na alma
e existir nessa vida carregando as cargas do mundo até a exaustão.(cansaço espiritual, mental e físico).

3 - exaustão (aparecimento de doenças),
Doenças psicossomáticas.

Pensou em tudo isso, se sentiu cansado e exausto?
Eu também esta assim até a pergunta decisiva:

Quem é você?
O camelo ou a carga?
Carrega ou é carregado?

Compartilhe seus medos, seja realmente um ser vivo.
Os problemas sempre aparecerão.
As dúvidas sempre estarão a nossa frente, afinal, cada dia é um novo dia.

Vc decide quem quer ser.
Deus te deu o poder da decisão.
Vc tem esse poder decida.

(GL 6:2) - Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.

Uma vida não questionada não merece ser vivida. (Platão)



A primavera tem as cerejeiras da noite. O verão têm as estrelas do céu, que iluminam os olhos. O outono tem a lua cheia refletida na água. O inverno tem a neve, que flui na relva. Bastam essas coisas simples para que o saquê seja delicioso. Se, mesmo assim, o gosto do saquê não for bom então quer dizer que há algo de errado dentro de você".
"Toda a nossa vida é uma primavera, porque temos em nós a verdade que não envelhece e essa verdade anima toda a nossa caminhada".

PRIMAVERA



A primavera tem as cerejeiras da noite.
O verão têm as estrelas do céu, que iluminam os olhos.
O outono tem a lua cheia refletida na água.
O inverno tem a neve, que flui na relva.
Bastam essas coisas simples para que o saquê seja delicioso.
Se, mesmo assim, o gosto do saquê não for bom então quer
dizer que há algo de errado dentro de você".

Confira os significados das flores:

1 - Rosa Vermelha: admiração, caridade, casamento, desejo, espiritualidade, martírio, paixão
2 - Violeta - lealdade, modéstia
3 - Rosa branca - amor a Deus, pensamento abstrato, pureza, silêncio
4 - Rosa amarela - ciúme, desconfiança, infidelidade, suspeita
5 - Orquídea - beleza, luxúria, perfeição, pureza espiritual
6 - Margarida - inocência, virgindade
7 - Lírio - casamento, doçura, inocência, majestade, pureza
8 - Hortência - frieza, indiferença
9 - Girassol - dignidade, glória, paixão
10 - Cravo amarelo–- desdém

19.9.09


EU, MODO DE USAR


Eu, modo de usar...

Pode invadir
Ou chegar com delicadeza
Mas não tão devagar q me faça dormir
Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar...
Toque muito em mim
Principalmente nos cabelos
E minta sobra minha nocautante beleza
Tenha vida própria
Me faça sentir saudades
Conte algumas coisas q me façam rir
Viaje antes de me conhecer
Sofra antes de mim para reconhecer-me...
Acredite nas verdades q digo
E também nas mentiras, mas elas são raras
e sempre por uma boa causa.
Respeite meu choro
Me deixe sozinha
Só volte quando eu chamar e,
Não me obedeça sempre
que eu tmb gosto de ser contrariada
Então fique comigo quando eu chorar, combinado?
Me conte seus segredos...
Me faça massagem nas costas.
Não fume,
Beba, (socialmente...)
Chore,
Eleja algumas contravenções.
Me rapte!
Se nada disso funcionar...
Experimente me amar

A PIPA E A FLOR

A PIPA E A FLOR

Poucas pessoas conseguiram definir tão bem os caminhos
do amor como Rubem Alves, numa fábula surpreendente,
cujos personagens são: uma pipa e uma flor.
A história começa com algumas considerações de um
personagem que deduzimos ser um velho sábio.
Ele observa algumas pipas presas aos fios elétricos e aos galhos das árvores e afirma que é triste vê-las assim,
porque as pipas foram feitas para voar.
Acrescenta que as pessoas também precisam ter
uma pipa solta dentro delas para serem boas.
Mas aponta um fator contraditório: para voar, a pipa tem que estar presa numa linha e a outra ponta da linha
precisa estar segura na mão de alguém.
Poder-se-ia pensar que, cortando a linha, a pipa pudesse
voar mais alto, mas não é assim que acontece.
Se a linha for cortada, a pipa começa a cair.
Em seguida, ele narra a história de um menino que
confeccionou uma pipa.
Ele estava tão feliz, que desenhou nela um sorriso.
Todos os dias, ele empinava a pipa alegremente.
A pipa também se sentia feliz e, lá do alto,
observava a paisagem e se divertia com as
outras pipas que também voavam.
Um dia, durante o seu vôo, a pipa viu lá embaixo uma
flor e ficou encantada, não com a beleza da flor, porque
ela já havia visto outras mais belas, mas alguma coisa nos olhos da flor a havia enfeitiçado. Resolveu, então, romper a linha que a prendia à mão do menino e dá-la para a flor segurar. Quanta felicidade ocorreu depois!
A flor segurava a linha, a pipa voava; na volta, contava
para flor tudo o que vira. Acontece que a flor começou a
ficar com inveja e ciúme da pipa. Invejar é ficar infeliz
com as coisas que os outros têm e nós não temos;
ter ciúme é sofrer por perceber a felicidade do outro
quando a gente não está perto. A flor, por causa desses
dois sentimentos, começou a pensar: se a pipa me amasse
mesmo, não ficaria tão feliz longe de mim... Quando a pipa voltava de seu vôo, a flor não mais se mostrava feliz, estava sempre amargurada, querendo saber com quem a pipa estivera se divertindo. A partir daí, a flor começou a encurtar a linha, não permitindo à pipa voar alto. Foi encurtando a linha, até que a pipa só
podia mesmo sobrevoar a flor.
Esta história, segundo conta o autor, ainda não terminou
e está acontecendo em algum lugar neste exato momento.
Há três finais possíveis para ela:

1 - A pipa, cansada pela atitude da flor, resolveu romper a linha e procurar uma mão menos egoísta.
2 - A pipa, mesmo triste com a atitude da flor, decidiu ficar, mas nunca mais sorriu.
3 - A flor, na verdade, era um ser encantado.
O encantamento quebraria no dia em que ela visse a
felicidade da pipa e não sentisse inveja nem ciúme.
Isso aconteceu num belo dia de sol e a flor se transformou numa linda borboleta e as
duas voaram juntas.

RUBEM ALVES


"Gaiolas e asas "Rubem Alves
Os pensamentos me chegam de forma inesperada, sob a forma de aforismos. Fico feliz porque sei que Lichtenberg, William Blake e Nietzsche frequentemente eram também atacados por eles. Digo "atacados" porque eles surgem repentinamente, sem preparo, com a força de um raio. Aforismos são visões: fazem ver, sem explicar. Pois ontem, de repente, esse aforismo me atacou: "Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas".

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-las para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são os pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.
Esse simples aforismo nasceu de um sofrimento: sofri conversando com professoras de segundo grau, em escolas de periferia. O que elas contam são relatos de horror e medo. Balbúrdia, gritaria, desrespeito, ofensas, ameaças... E elas, timidamente, pedindo silêncio, tentando fazer as coisas que a burocracia determina que sejam feitas, como dar o programa, fazer avaliações... Ouvindo os seus relatos, vi uma jaula cheia de tigres famintos, dentes arreganhados, garras à mostra - e a domadoras com seus chicotes, fazendo ameaças fracas demais para a força dos tigres.
Sentir alegria ao sair de casa para ir à escola? Ter prazer em ensinar? Amar os alunos? O sonho é livrar-se de tudo aquilo. Mas não podem. A porta de ferro que fecha os tigres é a mesma porta que as fecha com os tigres.
Nos tempos de minha infância, eu tinha um prazer cruel: pegar passarinhos. Fazia minhas próprias arapucas, punha fubá dentro e ficava escondido, esperando... O pobre passarinho vinha, atraído pelo fubá. Ia comendo, entrava na arapuca e pisava no poleiro. E era uma vez um passarinho voante. Cuidadosamente eu enfiava a mão na arapuca, pegava o passarinho e o colocava dentro de uma gaiola. O pássaro se lançava furiosamente contra os arames, batia as asas, crispava as garras e enfiava o bico entre os vãos. Na inútil tentativa de ganhar de novo o espaço, ficava ensanguentado... Sempre me lembro com tristeza da minha crueldade infantil.

Violento, o pássaro que luta contra os arames da gaiola? Ou violenta será a imóvel gaiola que o prende? Violentos, os adolescentes de periferia? Ou serão as escolas que são violentas? As escolas serão gaiolas? Vão me falar sobre a necessidade das escolas dizendo que os adolescentes de periferia precisam ser educados para melhorarem de vida. De acordo. É preciso que os adolescentes, que todos, tenham uma boa educação. Uma boa educação abre os caminhos de uma vida melhor. Mas eu pergunto: nossas escolas estão dando uma boa educação? O que é uma boa educação?

O que os burocratas pressupõe sem pensar é que os alunos ganham uma boa educação se aprendem os conteúdos dos programas oficiais. E, para testar a qualidade da educação, criam mecanismos, provas e avaliações, acrescidos dos novos exames elaborados pelo Ministério da Educação.

Mas será mesmo? Será que a aprendizagem dos programas oficiais se identifica com o ideal de uma boa educação? Você sabe o que é "dígrafo"? E os usos da partícula "se"? E o nome das enzimas que entram na digestão? E o sujeito da frase "Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heróico o brado retumbante"? Qual a utilidade da palavra "mesóclise"? Pobres professoras, também engaioladas... São obrigadas a ensinar o que os programas mandam, sabendo que é inútil. Isso é hábito velho das escolas. Bruno Bettelheim relata sua experiência com as escolas: "Fui forçado (!) a estudar o que os professores haviam decidido que eu deveria aprender. E aprender à sua maneira".

O sujeito da educação é o corpo, porque é nele que está a vida. É o corpo que quer aprender para poder viver. É ele que dá as ordens. A inteligência é um instrumento do corpo cuja função é ajudá-lo a viver. Nietzsche dizia que ela, a inteligência, era "ferramenta" e "brinquedo" do corpo. Nisso se resume o programa educacional do corpo: aprender "ferramentas", aprender "brinquedos".

"Ferramentas" são conhecimentos que nos permitem resolver os problemas vitais do dia-a-dia. "Brinquedos" são todas aquelas coisas que, não tendo nenhuma utilidade como ferramentas, dão prazer e alegria à alma.

Nessas duas palavras, ferramentas e brinquedos, está o resumo da educação. Ferramentas e brinquedos não são gaiolas. São asas. Ferramentas me permitem voar pelos caminhos do mundo.

Brinquedos me permitem voar pelos caminhos da alma. Quem está aprendendo ferramentas e brinquedos está aprendendo liberdade, não fica violento. Fica alegre, vendo as asas crescer... Assim todo professor, ao ensinar, teria de se perguntar: "Isso que vou ensinar, é ferramenta? É brinquedo?" Se não for, é melhor deixar de lado.

As estatísticas oficiais anunciam o aumento das escolas e o aumento dos alunos matriculados. Esses dados não me dizem nada. Não me dizem se são gaiolas ou asas. Mas eu sei que há professores que amam o vôo dos seus alunos.
Há esperança...
Rubem Alves

O EDUCADOR -RUBEM ALVES

O EDUCADOR (Rubem Alves)
"O estudo da gramática não faz poetas.
O estudo da harmonia não faz compositores.
O estudo da psicologia não faz pessoas equilibradas.
O estudo das "ciências da educação" não faz educadores.
Educadores não podem ser produzidos. Educadores nascem.
O que se pode fazer é ajudá-los a nascer.
Para isso eu falo e escrevo:
para que eles tenham coragem de nascer.

Quero educar os educadores. E isso me dá grande prazer
porque não existe coisa mais importante que educar.
Pela educação o indivíduo se torna mais apto para viver:
aprende a pensar e a resolver os problemas práticos da vida.
Pela educação ele se torna mais sensível e mais rico interiormente,
o que faz dele uma pessoa mais bonita, mais feliz
e mais capaz de conviver com os outros".
Rubem Alves

CHAPEUZINHO VERMELHO DE RUBEM ALVES

“Era uma vez uma jovem adolescente a quem todos conheciam pelo apelido de Rúbia. Rúbia é uma palavra derivada do latim, rubeus, que quer dizer vermelho, ruivo. Rúbia era ruiva. Ruiva porque tingira o seu cabelo castanho que ela considerava vulgar. Ela pensava que uma ruiva teria mais chances de chamar a atenção de um empresário de modelos que uma morena. Morenas há muitas. O vermelho dos seus cabelos era confirmado pelo seu temperamento: ela era fogo e enrubescia quando ficava brava.[Nota 1: Se, nessa estória, eu lhe desse o nome de Chapeuzinho Vermelho ninguém acreditaria. As adolescentes de hoje não andam por aí usando chapeuzinhos vermelhos...]

Rúbia morava com sua mãe numa linda mansão no condomínio "Omegaville". Pois numa noite, por volta das 10 horas, sua mãe lhe disse: "Rubinha querida, quero que você me faça um favor..." Rúbia pensou: "Lá vem a mãe de novo". E gritou: "De jeito nenhum. Estou vendo televisão...". "Mas eu ia até deixar você dirigir o meu BMW...", disse a mãe. Rúbia se levantou de um pulo. Para guiar o BMW ela era capaz de fazer qualquer coisa. "Que é que você quer que eu faça, mamãezinha querida?", ela disse. "Quero que você vá levar uma cesta básica para sua vovozinha, lá no Parque Oziel. Você sabe: andar de BMW, depois das 10 da noite, no Parque Oziel é perigoso. Os sequestradores estão à espreita..." [Nota 2: a estória original contém dois problemas, relativos ao caráter e às intenções da mãe. Primeiro: mandar uma menina pequena, sozinha, pela floresta, sabendo que havia um lobo solto — ou a mãe era um tola irresponsável ou ela estava com impulsos assassinos em relação à filha, desejando que o lobo a comesse. O segundo problema: viviam sozinhas a mãe e a filha; não há referências a um pai ou marido. Então, qual a razão para que a avó morasse do outro lado da floresta? Não seria mais prático que elas vivessem juntas? Chapeuzinho não teria que enfrentar um lobo para que a vovozinha comesse queijos, bolos e ovos...]

Rúbia já estava saindo da garagem com o BMW quando sua mãe lhe gritou: "A cesta básica! Você está se esquecendo da cesta básica!" Com a cesta básica no BMW Rúbia foi para a casa da vovozinha, no Parque Oziel. Foi quando o inesperado aconteceu. Um pneu furou. Até mesmo pneus de BMWs furam. Rúbia se sentiu perdida. Com medo, não. Ela não tinha medo. O problema era sujar as mãos para trocar o pneu. Foi quando uma Mercedes se aproximou dirigida por um senhor elegante que usava óculos escuros. Há pessoas que usam óculos escuros mesmo de noite. A Mercedes parou e o homem de óculos escuros saiu. "Precisando de ajuda, boneca", ele perguntou? "Claro", ela respondeu. "Preciso que me ajudem a trocar o pneu furado". "Pois vou ajudar você" disse o homem. "Você precisa de proteção. Esse lugar é muito perigoso. A propósito, deixe que me apresente. Meu nome é Crescêncio Lobo, às suas ordens". Aí ele se pôs a trocar o pneu cantarolando baixinho uma canção que sua mãe lhe cantara: "Hoje estou contente, vai haver festança, tenho um bom petisco para encher a minha pança..." Rúbia, olhando para o Crescêncio Lobo, pensou: "Que homem gentil e prestativo! E ainda canta enquanto trabalha... É dono de uma Mercedes! Acho que minhas orações foram atendidas!" "Pronto", ele disse. "Para onde você está indo, boneca?" "Vou levar uma cesta básica para minha avó." "Pois eu vou segui-la para protegê-la..." E assim, Rúbia, sorridente sonhadora, se dirigiu para a casa de sua avó escoltada por Crescêncio Lobo.

Ao chegar à casa da avó Crescêncio Lobo se surpreendeu. Pensou que ia encontrar uma velhinha, parecida com a avó de Chapeuzinho Vermelho. Que nada! Era uma linda mulher, uma senhora elegante, fina, de voz suave, inteligente. Logo os dois estavam envolvidos numa animada conversa, Crescêncio Lobo encantado com o suave charme e a inteligência da avó, a avó encantada com o encantamento que Crescêncio Lobo sentia por ela. Crescêncio Lobo pensou: "Se não fossem essas rugas, ela seria uma linda mulher..." Rúbia percebeu o que estava rolando, e foi ficando com raiva, vermelha, até que teve um ataque histérico. Como admitir que Crescêncio Lobo preferisse uma velha a uma adolescente? Começou a gritar, e por mais que os dois se esforçassem, não conseguiram acalmá-la. Passava por ali, acidentalmente, uma viatura do 5º Distrito Policial. Os policiais, ouvindo a gritaria, imaginaram que um crime estava acontecendo. Pararam a viatura e entraram na casa. E o que encontraram foi aquela cena ridícula: uma adolescente ruiva, desgrenhada, gritando como louca, enquanto a avó e o Crescêncio Lobo tentavam acalmá-la. Os policiais perceberam logo que se tratava de uma emergência psiquiátrica e, com a maior delicadeza, (os policiais do 5º DP são sempre assim. Também pudera! O delegado chefe trabalha ouvindo música clássica!) convenceram Rúbia a acompanhá-los até um hospital para ser medicada. Rúbia não resistiu porque ela já estava encantada com a força e o charme do policial que a tomava pela mão. Afinal, aquele policial era lindo e forte!

Quanto à avó e ao Crescêncio Lobo, aquela noite foi início de uma relação amorosa maravilhosa. Crescêncio Lobo percebeu que não há cara de adolescente cabeça-de-vento que se compare ao estilo de uma senhora inteligente e experiente. E a avó, que ouvira de uma feminista canadense que o melhor remédio para a velhice são os galetos ao primo canto, entregou-se gulosamente a esse hábito alimentar gaúcho. Crescêncio Lobo pagou-lhe uma plástica geral e a avó ficou novinha. E viveram muito felizes, por muitos anos. Quanto à Rúbia, aquela crise foi o início de uma feliz relação com o policial do 5º DP, que tinha um mestrado em psicologia da adolescência...”
Texto extraído do jornal "Correio Popular" – Campinas, edição de 02 de maio de 2002.

Ela entrou, deitou-se no divã e disse: "Acho que estou ficando louca". Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. "Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões - é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa espanto."

Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as "Odes Elementales", de Pablo Neruda. Procurei a "Ode à Cebola" e lhe disse: "Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: 'Rosa de água com escamas de cristal'. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver".

Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.

William Blake sabia disso e afirmou: "A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê". Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.

Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra". Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.

Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem. "Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios", escreveu Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da educação é ensinar a ver. O zen-budismo concorda, e toda a sua espiritualidade é uma busca da experiência chamada "satori", a abertura do "terceiro olho". Não sei se Cummings se inspirava no zen-budismo, mas o fato é que escreveu: "Agora os ouvidos dos meus ouvidos acordaram e agora os olhos dos meus olhos se abriram".

Há um poema no Novo Testamento que relata a caminhada de dois discípulos na companhia de Jesus ressuscitado. Mas eles não o reconheciam. Reconheceram-no subitamente: ao partir do pão, "seus olhos se abriram". Vinicius de Moraes adota o mesmo mote em "Operário em Construção": "De forma que, certo dia, à mesa ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção, ao constatar assombrado que tudo naquela mesa - garrafa, prato, facão - era ele quem fazia. Ele, um humilde operário, um operário em construção".

A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. Se os olhos estão na caixa de ferramentas, eles são apenas ferramentas que usamos por sua função prática. Com eles vemos objetos, sinais luminosos, nomes de ruas - e ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer. Isso é necessário. Mas é muito pobre. Os olhos não gozam... Mas, quando os olhos estão na caixa dos brinquedos, eles se transformam em órgãos de prazer: brincam com o que vêem, olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo.

Os olhos que moram na caixa de ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na caixa dos brinquedos, das crianças. Para ter olhos brincalhões, é preciso ter as crianças por nossas mestras. Alberto Caeiro disse haver aprendido a arte de ver com um menininho, Jesus Cristo fugido do céu, tornado outra vez criança, eternamente: "A mim, ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente as têm na mão e olha devagar para elas".

Por isso - porque eu acho que a primeira função da educação é ensinar a ver - eu gostaria de sugerir que se criasse um novo tipo de professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana. Como o Jesus menino do poema de Caeiro. Sua missão seria partejar "olhos vagabundos"...

O texto acima foi extraído da seção "Sinapse", jornal "Folha de S.Paulo", versão on line, publicado em 26/10/2004.

A pipoca
Rubem Alves

A culinária me fascina. De vez em quando eu até me até atrevo a cozinhar. Mas o fato é que sou mais competente com as palavras do que com as panelas.

Por isso tenho mais escrito sobre comidas que cozinhado. Dedico-me a algo que poderia ter o nome de "culinária literária". Já escrevi sobre as mais variadas entidades do mundo da cozinha: cebolas, ora-pro-nobis, picadinho de carne com tomate feijão e arroz, bacalhoada, suflês, sopas, churrascos.

Cheguei mesmo a dedicar metade de um livro poético-filosófico a uma meditação sobre o filme A Festa de Babette que é uma celebração da comida como ritual de feitiçaria. Sabedor das minhas limitações e competências, nunca escrevi como chef. Escrevi como filósofo, poeta, psicanalista e teólogo — porque a culinária estimula todas essas funções do pensamento.
As comidas, para mim, são entidades oníricas.
Provocam a minha capacidade de sonhar. Nunca imaginei, entretanto, que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu.
A pipoca, milho mirrado, grãos redondos e duros, me pareceu uma simples molecagem, brincadeira deliciosa, sem dimensões metafísicas ou psicanalíticas. Entretanto, dias atrás, conversando com uma paciente, ela mencionou a pipoca. E algo inesperado na minha mente aconteceu. Minhas idéias começaram a estourar como pipoca. Percebi, então, a relação metafórica entre a pipoca e o ato de pensar. Um bom pensamento nasce como uma pipoca que estoura, de forma inesperada e imprevisível.
A pipoca se revelou a mim, então, como um extraordinário objeto poético. Poético porque, ao pensar nelas, as pipocas, meu pensamento se pôs a dar estouros e pulos como aqueles das pipocas dentro de uma panela. Lembrei-me do sentido religioso da pipoca. A pipoca tem sentido religioso? Pois tem.

Para os cristãos, religiosos são o pão e o vinho, que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, a mistura de vida e alegria (porque vida, só vida, sem alegria, não é vida...). Pão e vinho devem ser bebidos juntos. Vida e alegria devem existir juntas.
Lembrei-me, então, de lição que aprendi com a Mãe Stella, sábia poderosa do Candomblé baiano: que a pipoca é a comida sagrada do Candomblé...
A pipoca é um milho mirrado, subdesenvolvido.
Fosse eu agricultor ignorante, e se no meio dos meus milhos graúdos aparecessem aquelas espigas nanicas, eu ficaria bravo e trataria de me livrar delas. Pois o fato é que, sob o ponto de vista de tamanho, os milhos da pipoca não podem competir com os milhos normais. Não sei como isso aconteceu, mas o fato é que houve alguém que teve a idéia de debulhar as espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo, esperando que assim os grãos amolecessem e pudessem ser comidos.
Havendo fracassado a experiência com água, tentou a gordura. O que aconteceu, ninguém jamais poderia ter imaginado.
Repentinamente os grãos começaram a estourar, saltavam da panela com uma enorme barulheira. Mas o extraordinário era o que acontecia com eles: os grãos duros quebra-dentes se transformavam em flores brancas e macias que até as crianças podiam comer. O estouro das pipocas se transformou, então, de uma simples operação culinária, em uma festa, brincadeira, molecagem, para os risos de todos, especialmente as crianças. É muito divertido ver o estouro das pipocas!
E o que é que isso tem a ver com o Candomblé? É que a transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação porque devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho da pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho da pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer, pelo poder do fogo podemos, repentinamente, nos transformar em outra coisa — voltar a ser crianças! Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo.
Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre.
Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e dureza assombrosa. Só que elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.
Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. Pode ser fogo de dentro. Pânico, medo, ansiedade, depressão — sofrimentos cujas causas ignoramos.Há sempre o recurso aos remédios. Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pense que sua hora chegou: vai morrer. De dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: PUF!! — e ela aparece como outra coisa, completamente diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. É a lagarta rastejante e feia que surge do casulo como borboleta voante.
Na simbologia cristã o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e ressurreição de Cristo: a ressurreição é o estouro do milho de pipoca. É preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro.

"Morre e transforma-te!" — dizia Goethe.

Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. Falando sobre os piruás com os paulistas, descobri que eles ignoram o que seja. Alguns, inclusive, acharam que era gozação minha, que piruá é palavra inexistente. Cheguei a ser forçado a me valer do Aurélio para confirmar o meu conhecimento da língua. Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar.
Meu amigo William, extraordinário professor pesquisador da Unicamp, especializou-se em milhos, e desvendou cientificamente o assombro do estouro da pipoca. Com certeza ele tem uma explicação científica para os piruás. Mas, no mundo da poesia, as explicações científicas não valem.
Por exemplo: em Minas "piruá" é o nome que se dá às mulheres que não conseguiram casar. Minha prima, passada dos quarenta, lamentava: "Fiquei piruá!" Mas acho que o poder metafórico dos piruás é maior.
Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.
Ignoram o dito de Jesus: "Quem preservar a sua vida perdê-la-á".A sua presunção e o seu medo são a dura casca do milho que não estoura. O destino delas é triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca macia. Não vão dar alegria para ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo a panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.
Quanto às pipocas que estouraram, são adultos que voltaram a ser crianças e que sabem que a vida é uma grande brincadeira...
"Nunca imaginei que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu".

O texto acima foi extraído do jornal "Correio Popular", de Campinas (SP), onde o escritor mantém coluna bissemanal.

Rubem Alves:

A pipoca Rubem Alves

A culinária me fascina. De vez em quando eu até me até atrevo a cozinhar. Mas o fato é que sou mais competente com as palavras do que com as panelas.

Por isso tenho mais escrito sobre comidas que cozinhado. Dedico-me a algo que poderia ter o nome de "culinária literária". Já escrevi sobre as mais variadas entidades do mundo da cozinha: cebolas, ora-pro-nobis, picadinho de carne com tomate feijão e arroz, bacalhoada, suflês, sopas, churrascos.

Cheguei mesmo a dedicar metade de um livro poético-filosófico a uma meditação sobre o filme A Festa de Babette que é uma celebração da comida como ritual de feitiçaria. Sabedor das minhas limitações e competências, nunca escrevi como chef. Escrevi como filósofo, poeta, psicanalista e teólogo — porque a culinária estimula todas essas funções do pensamento.

As comidas, para mim, são entidades oníricas.

Provocam a minha capacidade de sonhar. Nunca imaginei, entretanto, que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu.

A pipoca, milho mirrado, grãos redondos e duros, me pareceu uma simples molecagem, brincadeira deliciosa, sem dimensões metafísicas ou psicanalíticas. Entretanto, dias atrás, conversando com uma paciente, ela mencionou a pipoca. E algo inesperado na minha mente aconteceu. Minhas idéias começaram a estourar como pipoca. Percebi, então, a relação metafórica entre a pipoca e o ato de pensar. Um bom pensamento nasce como uma pipoca que estoura, de forma inesperada e imprevisível.

A pipoca se revelou a mim, então, como um extraordinário objeto poético. Poético porque, ao pensar nelas, as pipocas, meu pensamento se pôs a dar estouros e pulos como aqueles das pipocas dentro de uma panela. Lembrei-me do sentido religioso da pipoca. A pipoca tem sentido religioso? Pois tem.

Para os cristãos, religiosos são o pão e o vinho, que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, a mistura de vida e alegria (porque vida, só vida, sem alegria, não é vida...). Pão e vinho devem ser bebidos juntos. Vida e alegria devem existir juntas.

Lembrei-me, então, de lição que aprendi com a Mãe Stella, sábia poderosa do Candomblé baiano: que a pipoca é a comida sagrada do Candomblé...

A pipoca é um milho mirrado, subdesenvolvido.

Fosse eu agricultor ignorante, e se no meio dos meus milhos graúdos aparecessem aquelas espigas nanicas, eu ficaria bravo e trataria de me livrar delas. Pois o fato é que, sob o ponto de vista de tamanho, os milhos da pipoca não podem competir com os milhos normais. Não sei como isso aconteceu, mas o fato é que houve alguém que teve a idéia de debulhar as espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo, esperando que assim os grãos amolecessem e pudessem ser comidos.

Havendo fracassado a experiência com água, tentou a gordura. O que aconteceu, ninguém jamais poderia ter imaginado.

Repentinamente os grãos começaram a estourar, saltavam da panela com uma enorme barulheira. Mas o extraordinário era o que acontecia com eles: os grãos duros quebra-dentes se transformavam em flores brancas e macias que até as crianças podiam comer. O estouro das pipocas se transformou, então, de uma simples operação culinária, em uma festa, brincadeira, molecagem, para os risos de todos, especialmente as crianças. É muito divertido ver o estouro das pipocas!

E o que é que isso tem a ver com o Candomblé? É que a transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação porque devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho da pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho da pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer, pelo poder do fogo podemos, repentinamente, nos transformar em outra coisa — voltar a ser crianças! Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo.

Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre.

Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e dureza assombrosa. Só que elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.

Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. Pode ser fogo de dentro. Pânico, medo, ansiedade, depressão — sofrimentos cujas causas ignoramos.Há sempre o recurso aos remédios. Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação.

Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pense que sua hora chegou: vai morrer. De dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: PUF!! — e ela aparece como outra coisa, completamente diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. É a lagarta rastejante e feia que surge do casulo como borboleta voante.

Na simbologia cristã o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e ressurreição de Cristo: a ressurreição é o estouro do milho de pipoca. É preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro.

"Morre e transforma-te!" — dizia Goethe.

Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. Falando sobre os piruás com os paulistas, descobri que eles ignoram o que seja. Alguns, inclusive, acharam que era gozação minha, que piruá é palavra inexistente. Cheguei a ser forçado a me valer do Aurélio para confirmar o meu conhecimento da língua. Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar.

Meu amigo William, extraordinário professor pesquisador da Unicamp, especializou-se em milhos, e desvendou cientificamente o assombro do estouro da pipoca. Com certeza ele tem uma explicação científica para os piruás. Mas, no mundo da poesia, as explicações científicas não valem.

Por exemplo: em Minas "piruá" é o nome que se dá às mulheres que não conseguiram casar. Minha prima, passada dos quarenta, lamentava: "Fiquei piruá!" Mas acho que o poder metafórico dos piruás é maior.

Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.

Ignoram o dito de Jesus: "Quem preservar a sua vida perdê-la-á".A sua presunção e o seu medo são a dura casca do milho que não estoura. O destino delas é triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca macia. Não vão dar alegria para ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo a panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.

Quanto às pipocas que estouraram, são adultos que voltaram a ser crianças e que sabem que a vida é uma grande brincadeira...

"Nunca imaginei que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu".


O texto acima foi extraído do jornal "Correio Popular", de Campinas (SP), onde o escritor mantém coluna bissemanal.
Rubem Alves:

TEXTOS DE RUBEM ALVES

Sobre a morte e o morrer

Rubem Alves
O que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de
um ser humano? O que e quem a define?

Já tive medo da morte. Hoje não tenho mais. O que sinto é uma enorme tristeza. Concordo com Mário Quintana: "Morrer, que me importa? (...) O diabo é deixar de viver." A vida é tão boa! Não quero ir embora...

Eram 6h. Minha filha me acordou. Ela tinha três anos. Fez-me então a pergunta que eu nunca imaginara: "Papai, quando você morrer, você vai sentir saudades?". Emudeci. Não sabia o que dizer. Ela entendeu e veio em meu socorro: "Não chore, que eu vou te abraçar..." Ela, menina de três anos, sabia que a morte é onde mora a saudade.

Cecília Meireles sentia algo parecido: "E eu fico a imaginar se depois de muito navegar a algum lugar enfim se chega... O que será, talvez, até mais triste. Nem barcas, nem gaivotas. Apenas sobre humanas companhias... Com que tristeza o horizonte avisto, aproximado e sem recurso. Que pena a vida ser só isto...”

Da. Clara era uma velhinha de 95 anos, lá em Minas. Vivia uma religiosidade mansa, sem culpas ou medos. Na cama, cega, a filha lhe lia a Bíblia. De repente, ela fez um gesto, interrompendo a leitura. O que ela tinha a dizer era infinitamente mais importante. "Minha filha, sei que minha hora está chegando... Mas, que pena! A vida é tão boa...”

Mas tenho muito medo do morrer. O morrer pode vir acompanhado de dores, humilhações, aparelhos e tubos enfiados no meu corpo, contra a minha vontade, sem que eu nada possa fazer, porque já não sou mais dono de mim mesmo; solidão, ninguém tem coragem ou palavras para, de mãos dadas comigo, falar sobre a minha morte, medo de que a passagem seja demorada. Bom seria se, depois de anunciada, ela acontecesse de forma mansa e sem dores, longe dos hospitais, em meio às pessoas que se ama, em meio a visões de beleza.

Mas a medicina não entende. Um amigo contou-me dos últimos dias do seu pai, já bem velho. As dores eram terríveis. Era-lhe insuportável a visão do sofrimento do pai. Dirigiu-se, então, ao médico: "O senhor não poderia aumentar a dose dos analgésicos, para que meu pai não sofra?". O médico olhou-o com olhar severo e disse: "O senhor está sugerindo que eu pratique a eutanásia?".

Há dores que fazem sentido, como as dores do parto: uma vida nova está nascendo. Mas há dores que não fazem sentido nenhum. Seu velho pai morreu sofrendo uma dor inútil. Qual foi o ganho humano? Que eu saiba, apenas a consciência apaziguada do médico, que dormiu em paz por haver feito aquilo que o costume mandava; costume a que freqüentemente se dá o nome de ética.

Um outro velhinho querido, 92 anos, cego, surdo, todos os esfíncteres sem controle, numa cama -de repente um acontecimento feliz! O coração parou. Ah, com certeza fora o seu anjo da guarda, que assim punha um fim à sua miséria! Mas o médico, movido pelos automatismos costumeiros, apressou-se a cumprir seu dever: debruçou-se sobre o velhinho e o fez respirar de novo. Sofreu inutilmente por mais dois dias antes de tocar de novo o acorde final.

Dir-me-ão que é dever dos médicos fazer todo o possível para que a vida continue. Eu também, da minha forma, luto pela vida. A literatura tem o poder de ressuscitar os mortos. Aprendi com Albert Schweitzer que a "reverência pela vida" é o supremo princípio ético do amor. Mas o que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de um ser humano? O que e quem a define? O coração que continua a bater num corpo aparentemente morto? Ou serão os ziguezagues nos vídeos dos monitores, que indicam a presença de ondas cerebrais?

Confesso que, na minha experiência de ser humano, nunca me encontrei com a vida sob a forma de batidas de coração ou ondas cerebrais. A vida humana não se define biologicamente. Permanecemos humanos enquanto existe em nós a esperança da beleza e da alegria. Morta a possibilidade de sentir alegria ou gozar a beleza, o corpo se transforma numa casca de cigarra vazia.

Muitos dos chamados "recursos heróicos" para manter vivo um paciente são, do meu ponto de vista, uma violência ao princípio da "reverência pela vida". Porque, se os médicos dessem ouvidos ao pedido que a vida está fazendo, eles a ouviriam dizer: "Liberta-me".

Comovi-me com o drama do jovem francês Vincent Humbert, de 22 anos, há três anos cego, surdo, mudo, tetraplégico, vítima de um acidente automobilístico. Comunicava-se por meio do único dedo que podia movimentar. E foi assim que escreveu um livro em que dizia: "Morri em 24 de setembro de 2000. Desde aquele dia, eu não vivo. Fazem-me viver. Para quem, para que, eu não sei...". Implorava que lhe dessem o direito de morrer. Como as autoridades, movidas pelo costume e pelas leis, se recusassem, sua mãe realizou seu desejo. A morte o libertou do sofrimento.

Dizem as escrituras sagradas: "Para tudo há o seu tempo. Há tempo para nascer e tempo para morrer". A morte e a vida não são contrárias. São irmãs. A "reverência pela vida" exige que sejamos sábios para permitir que a morte chegue quando a vida deseja ir. Cheguei a sugerir uma nova especialidade médica, simétrica à obstetrícia: a "morienterapia", o cuidado com os que estão morrendo. A missão da morienterapia seria cuidar da vida que se prepara para partir. Cuidar para que ela seja mansa, sem dores e cercada de amigos, longe de UTIs. Já encontrei a padroeira para essa nova especialidade: a "Pietà" de Michelangelo, com o Cristo morto nos seus braços. Nos braços daquela mãe o morrer deixa de causar medo.
Texto publicado no jornal “Folha de São Paulo”, Caderno “Sinapse” do dia 12/10/03. fls 3.
Rubem Alves:


ENSINAMENTOS DIVINOS

ENSINAMENTOS DIVINOS
"Deus costuma usar a solidão para nos ensinar sobre aconvivência. Às vezes usa a raiva, para que possamos compreender oinfinito valor da paz. Outras vezes usa o tédio, quando quer nos mostrar aimportância da aventura e do abandono. Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar sobre aresponsabilidade do que dizemos. Às vezes usa o cansaço, para que possamos compreender ovalor do despertar. Outras vezes usa a doença, quando quer nos mostrar aimportância da saúde. Deus costuma usar o fogo para nos ensinar sobre a água. Às vezes, usa a terra, para que possamos compreender o valordo ar. Outras vezes usa a morte, quando quer nos mostrar aimportância da vida.”


O CICLO DE VIDA DA JOANINHA













Joaninha
As joaninhas são um tipo do besouro . Medem geralmente de 1 milímetro a 10 milímetros dependendo da espécie, e têm corpos ovais. A joaninha fêmea é geralmente maior do que o macho. A maioria deles têm (tampas da asa) vermelho, alaranjado, ou amarelo e pontos pretos. Alguns são pretos com pontos vermelhos e algumas joaninhas não têm nenhum ponto ! O número dos pontos ajuda identificar o tipo do joaninha. O elytra é uma tampa dura da asa que protege as asas frágeis do joaninha. As asas da joaninha são tão finas que você pode ver através delas. Ajuda esconder e proteger a cabeça. Como todos os insetos, a joaninha tem seis pés articulados. Há uns órgãos especiais em seus pés para ajudar-lhes a cheirar. A joaninha usa suas antenas para tocar, cheirar e provar.

O ciclo de vida da joaninha realiza-se entre quatro a seis semanas. Na maioria os adultos colocam até três á cem ovos em uma colônia. Os ovos chocam em dois a cinco dias. As larvas recentemente chocadas alimentam por até três semanas, e então incorporam o estágio das crisálidas. A joaninha adulta emerge aproximadamente uma semana mais tarde. Entretanto, geralmente não têm seus pontos por suas primeiras 24 horas de vida. Assim, se você encontrar uma sem seus pontos, você pode ter encontrado um adulto recém nascido. Pode haver seis gerações de joaninhas chocados em um ano.