Festa Junina
Assim surgiu a Festa de São João Dizem que Santa Isabel era muito amiga de Nossa Senhora e, por isso, costumavam visitar-se. Uma tarde, Santa Isabel foi à casa de Nossa Senhora e aproveitou para contar-lhe que, dentro de algum tempo, iria nascer seu filho, que se chamaria João Batista. Nossa Senhora, então, perguntou-lhe:- Como poderei saber do nascimento do garoto?- Acenderei uma fogueira bem grande; assim você de longe poderá vê-la e saberá que Joãozinho nasceu. Mandarei, também, erguer um mastro, com uma boneca sobre ele. Santa Isabel cumpriu a promessa. Um dia, Nossa Senhora viu, ao longe, uma fumacinha e depois umas chamas bem vermelhas. Dirigiu-se para a casa de Isabel e encontrou o menino João Batista, que mais tarde seria um dos santos mais importantes da religião católica. Isso se deu no dia vinte e quatro de junho.Começou, assim, a ser festejado São João com mastro, e fogueira e outras coisas bonitas como: foguetes, balões, danças, etc… E, por falar nisso, também gostaria de contar porque existem essas bombas para alegrar os festejos de São João. Pois bem, antes de São João nascer, seu pai, São Zacarias, andava muito triste, porque não tinha um filhinho para brincar. Certa vez, apareceu-lhe um anjo de asas coloridas, todo iluminado por uma luz misteriosa e anunciou que Zacarias ia ser pai. A sua alegria foi tão grande que Zacarias perdeu a voz, emudeceu até o filho nascer. No dia do nascimento, mostraram-lhe o menino e perguntaram como desejava que se chamasse. Zacarias fez grande esforço e, por fim, conseguiu dizer: - João! Desse instante em diante, Zacarias voltou a falar. Todos ficaram alegres e foi um barulhão enorme. Eram vivas para todos os lados. Lá estava o velho Zacarias, olhando, orgulhoso, o filhinho lindo que tinha… Foi então que inventaram as bombinhas de fazer barulho, tão apreciadas pelas crianças, durante os festejos juninos.
Formam-se duas equipes, que são dispostas em fileira. Uma cadeira ou bandeirinha separa um time do outro. Os jogadores tiram os sapatos, que são recolhidos, embaralhados e enfileirados a uma distância de uns dez metros.
Dá-se o sinal de início, e os jogadores devem sair pulando com o pé esquerdo, até encontrarem seus dois pés de sapato, calçando-os seguida. Feito isso, voltam ao ponto de partida, pulando com o pé direito. Os jogadores que calçarem sapatos trocados, ou não o calçarem direito, serão desclafissicados.
Cada jogador que retornar à linha de partida, e não for desclassificado, marcará um ponto para a equipe. Ganhará a equipe que marcar o maior número de pontos.
CARRINHO DE MÃO
Traçam-se duas linhas paralelas a uma distância de cinco metros uma da outra: a linha de partida e a linha de chegada. Os jogadores formam duas fileiras, uma atrás da outra.
A um primeiro sinal, os jogadores que estiverem na fileira da frente apóiam as mãos no solo, estendendo ao mesmo tempo as pernas para trás. Os jogadores da retaguarda elevam as pernas dos companheiros, ficando entre elas e segurando-as à altura do joelho. A um segundo sinal, os jogadores correm em direção à linha de chegada.
Os jogadores que caírem durante a corrida serão desclassificados. Ganhará a dupla que alcançar primeiro a linha de chegada.
MAÇÃ NA TINA DE ÁGUA
Pega-se uma tina ou bacia de boca larga, coloca-se sobre uma superfície à altura da cintura, e enche-se de água. Colocam-se dentro algumas maçãs, para que fiquem boiando. Os jogadores precisam então, morder uma das maçãs sem a ajuda das mãos, que devem ser mantidas às costas. Quem conseguir morder a maçã ganha uma prenda.
DANÇA DA LARANJA
Formam-se os pares para a dança. Coloca-se uma laranja apoiada entre as testas dos dois integrantes de cada par. Ao começar a música, os pares devem dançar procurando ao mesmo tempo evitar que a laranja caia. É proibido usar as mãos para manter o equilíbrio. Se a laranja cair no chão, a dupla é desclassificada. A música deve prosseguir até que só reste um par com a laranja.
Brincadeiras para Festa Junina Edição e Pesquisa de Lenise Resende
Boliche (1): Os pinos são feitos com latas vazias de refrigerante ou de batatas fritas, encapadas com papel colorido. Faz-se uma linha de arremesso a cerca de 2 metros de distância. A bola deve arrastar no chão até atingir os pinos. Cada participante pode fazer três tentativas. O coordenador anota o número de pinos derrubados em cada tentativa. Vence quem derrubar mais pinos.
Boliche (2): Os pinos são feitos com latas vazias encapadas com papel colorido e numeradas. Faz-se uma linha de arremesso a cerca de 2 metros de distância. A bola deve arrastar no chão até atingir os pinos. Cada participante joga uma única vez. O coordenador anota o número de pontos, somando os números dos pinos derrubados. Vence quem fizer mais pontos.
Caça ao objeto: Faz-se uma lista de objetos fáceis de serem encontrados no local onde a festa será realizada. Reúne-se os participantes para avisá-los do tempo disponível e o nome do objeto que devem procurar. Ao sinal de um apito todos correm para procurá-lo. Ao sinal de outro apito devem retornar pois é o aviso de que o tempo terminou ou o objeto já foi achado. O primeiro que retornar com o objeto pedido é o vencedor. Se o objeto não for encontrado, pede-se o seguinte da lista.
Cadeia: Escolhe-se um local isolado ou cercado por cadeiras, para ser a cadeia. Nomeia-se (ou sorteia-se) um delegado e seus ajudantes. O preso vai até a cadeia e, paga uma prenda (mostra uma habilidade), para ser solto, que pode ser: cantar, recitar, dançar, fazer uma imitação, etc. Se houver um palco com microfone, a cadeia pode ser colocada num canto dele. E a prenda, ao ser paga diante do microfone, será vista por todos da festa.
Corrida do milho: Traçam-se duas linhas paralelas e distantes. Atrás de uma das linhas, coloca-se uma bacia com grãos de milho. Atrás da outra linha, os participantes são reunidos aos pares - um deles segura uma colher e o outro um copo descartável. Dado o sinal, os participantes com a colher correm até a bacia. Enchem a colher com milho e voltam para a linha de largada. Lá chegando, colocam o milho no copo que seu companheiro segura. Vence a dupla que primeiro encher o copinho com milho.
Corrida do ovo na colher: Marca-se um local de partida e outro de chegada. Cada corredor deve segurar com uma das mãos (ou a boca) uma colher com um ovo cozido em cima. Vence quem chegar primeiro ao local de chegada, sem derrubar o ovo. Se quiser variar, substitua o ovo cozido por batata ou limão.
Corrida do Saci ou Corrida dos sapatos: Traçam-se duas linhas paralelas e distantes. Na primeira linha, os corredores tiram os sapatos, que são levados para trás da outra linha, onde são misturados. Dado o sinal, eles devem sair pulando com o pé esquerdo até a outra linha. Depois de calçar seus sapatos, devem retornar, pulando com o pé direito. Vence quem chegar primeiro ao local de chegada, estando calçado de modo correto.
Corrida do saco: Marca-se um local de partida e outro de chegada. Cada corredor deve colocar as pernas dentro de um saco grande de pano e segurá-lo com ambas as mãos na altura da cintura. Dado o sinal, saem pulando com os dois pés juntos. Vence quem chegar primeiro ao local de chegada. Nota: Para substituir o saco de pano pelo de plástico (grosso) de lixo, que é mais escorregadio, é preciso testar o local da corrida com antecedência.
Corrida dos pés amarrados: Marca-se um local de partida e outro de chegada. Os participantes são reunidos em duplas. Com uma fita, o tornozelo direito de um é amarrado ao tornozelo esquerdo de seu par. Dado o sinal, as duplas participantes devem correr até a chegada. Vence a dupla que chegar primeiro.
Dança da laranja: Formam-se alguns casais para a dança. Uma laranja é colocada entre as testas de cada par. Os casais devem dançar, sem tocar na laranja com as mãos. Se a laranja cair no chão, o casal é desclassificado. A música prossegue até que fique só um casal.
Dança das cadeiras: Forma-se um círculo com tantas cadeiras quantos forem os participantes menos uma. Os assentos ficam voltados para fora. Coloca-se música e todos dançam em volta das cadeiras. Quando a música parar, cada um deve sentar numa cadeira. Um participante vai sobrar e sair da brincadeira. Tira-se uma cadeira e a dança recomeça. Vence quem conseguir sentar-se na última cadeira.
Derruba latas (1): Sobre uma mesa, coloca-se latas vazias de refrigerante. Faz-se uma linha de arremesso a cerca de 1,5 metros de distância. Cada participante recebe três bolinhas, para fazer três tentativas. O coordenador anota o número de latas derrubadas em cada tentativa. Vence quem derrubar mais latas.
Derruba latas (2): Sobre uma mesa, coloca-se latas vazias, encapadas com papel colorido e numeradas. Faz-se uma linha de arremesso a cerca de 1,5 metros de distância. Cada participante joga uma única vez. O coordenador anota o número de pontos, somando os números das latas derrubadas. Vence quem fizer mais pontos.
Jogo das argolas: Enche-se com água garrafas de refrigerante (plásticas e grandes) e aperta-se bem as tampas. Arruma-se as garrafas no chão com pelo menos um palmo de distância entre elas. Faz-se uma linha de arremesso a cerca de 1,5 metros de distância. Cada participante recebe cinco argolas (ou pulseiras), para fazer cinco tentativas. Vence quem acertar mais argolas nos gargalos das garrafas.
Jogo do bicho ou Rabo do burro: Desenhe um animal de costas ou de lado numa cartolina e prenda numa parede. Cada participante deve receber uma etiqueta autocolante grande (já destacada). De olhos vendados, deve caminhar até o desenho e colar o rabo do animal. Quem colocar o rabo mais próximo do local correto é o vencedor.
Jogo do bigode: Desenhe numa cartolina um rosto masculino e prenda numa parede. Cada participante deve receber, em cada mão, uma etiqueta autocolante de tamanho médio (já destacada). De olhos vendados, deve caminhar até o desenho e colar os dois lados do bigode. Quem colocar o bigode mais próximo do local correto é o vencedor.
Pesca da maçã: Sobre uma mesa, coloca-se uma bacia com água* e maçãs boiando. Cada participante deve colocar as mãos nas costas e inclinar-se sobre a bacia e morder uma maçã. Quem conseguir ganha um brinde. (*De preferência, usar água filtrada)
Pescaria (1): Recorte muitos peixes em cartolina colorida. Faça um corte no lugar da boca do peixe e prenda um clipe ali (parecerá uma argola). Faça varas de pescar amarrando um barbante em cada vareta. Depois, na outra ponta do barbante amarre um outro clipe aberto na lateral. O clipe quando aberto tem o formato de gancho, como um anzol. Espete os peixes numa grande bacia com areia. Vence quem pescar mais peixes.
Pescaria (2): Recorte peixes em cartolina e numere-os. Faça um corte no lugar da boca do peixe e prenda um clipe ali (parecerá uma argola). Faça varas de pescar amarrando um barbante em cada vareta. Depois, na outra ponta do barbante amarre um outro clipe aberto na lateral. O clipe quando aberto tem o formato de gancho, como um anzol. Espete os peixes numa grande bacia com areia. Ganha um brinde quem pescar o peixe com o número de maior valor.
Correio-elegante: É o serviço de entrega de bilhetes durante a festa. Quando não estiver entregando bilhetes, o entregador passeia pela festa, oferecendo o serviço de correio. A mensagem é escrita num cartão ou papel colorido. Se a festa for grande, o correio pode ficar numa mesa, onde os cartões são escritos por uma pessoa e entregues por outra. Para facilitar, pode-se levar alguns cartões prontos, com quadrinhas amorosas ou engraçadas.
Exemplos de correio elegante:"Se jogares fora esta carta, me amas. / Se rasgares, me adoras. / Se guardares, por mim choras. / Se queimares, comigo queres casar."
"Quando cheguei nessa festa / Senti cheiro de rosa. / Meu coração logo disse: / Aqui tem moça formosa!"
"Se eu tivesse certeza / que tu me tinhas amor / caía nesses teus braços / como o sereno na flor."
"Amor com amor se paga, / outra paga o amor não tem; / quem com amor nunca paga, / não diga que paga bem."
"Não sei se é fita ou se é fato, / não sei se é fato ou se é fita. / O fato é que ela me fita, / me fita mesmo de fato."
"As estrelas nascem no céu, / os peixes nascem no mar, / Eu nasci aqui neste mundo / somente para te amar!"
"Tudo que nasce no mundo / tem seu fim particular / tudo tem o seu destino / eu nasci para te amar!"
"Não tenho maior riqueza, / nem prenda para te dar, / só tenho meu coração / prontinho pra te amar."
"Já te dei meu coração / e a chave para o abrir, / nada mais preciso dar, / nem mais tens a me pedir."
"As vezes fico pensando / pensando não sei em quê / mas no fim do pensamento / eu só penso em você."
"Com A eu escrevo amor, / com A eu escrevo amizade, / com ( ... ) eu escrevo teu nome, / causa da minha saudade."
"Quem não sabe o meu nome / pergunte e indague bem. / Eu me chamo (...) / mas não conto a ninguém."
"De me ver sendo ingrata, / não se admire ninguém, / que um ingrato me ensinou / a ser ingrata também."
"O homem se espirrasse / toda vez que nos ilude / vivia o mundo ocupado / só em dizer: Saúde!"
Festinhas - Carlos Q. Telles
Pronto! Lá vem de novo as festas juninas!
Vão me vestir de mendigo, com uma roupa remendada,
Amassar o meu dedão numa bota apertada
E sujar a minha cara com bigode de carvão.
Que baita humilhação!
E, depois, vem o pior:
Vou ter que dançar a quadrilha abraçado com a Maria,
E rever minha vergonha em vídeo e fotografia!
Que destino apavorante é enfrentar cara a cara
Uma menina sardenta, com trancinhas de barbante!
Socorro, São Pedro!
Me acuda, Santo Antônio!
Me salva, São João!
Planeta Quadrado

O PLANETA QUADRADO
As pessoas andavam para trás, tomando muito cuidado, pois a luz do sol era negra e os dias eram escuros como a nossa noite.
Em compensação a noite era muito clara, e todo mundo precisava de óculos escuros para dormir. Os fofoqueiros eram mudos, e os tímidos falavam fluentemente, fazendo belos discursos sobre a filosofia do silêncio.
Neste planeta chovia de baixo para cima, e as pessoas tinham que usar guarda-chuvas presos nos pés e pedacinhos de algodão no nariz para não se afogarem.
Mas bom mesmo é que os pensamentos podiam ser vistos e ouvidos, e assim as pessoas de lá não mentiam umas para as outras e por isso se davam muito bem.
Todo mundo fazia aniversário todos os dias. Ganhavam e davam muitos presentes, principalmente lanternas e óculos escuros.
Ali os animaizinhos escolhiam os seus donos de estimação, e eram muito bem tratados. Os rios eram muito limpos e as florestas permaneciam intocadas, cheias de árvores com as suas raízes voltadas para o céu.
Os velhinhos davam grandes shows de rock e as mães pediam para os filhinhos irem dormir tarde, enquanto os pais faziam tarefas escolares.
Curiosidades São dados que talvez você não saiba, mas que não faz diferença alguma se vier a saber. Por exemplo: você sabia que se mantermos um pneu dentro de uma geladeira sua vida útil será o dobro?
A mão esquerda digita o 56% das palavras.
A pele dos tigres também é listrada.
As borboletas saboreiam com seus pés.
As mulheres piscam duas vezes mais que os homens.
Fevereiro de 1865 é o único mês registrado na história que não teve uma lua cheia.
Há mais galinhas no mundo que pessoas.
Leonardo da Vinci inventou as tesouras.
Na moeda de 10 centavos de dólar americano tem 118 sulcos ao redor da borda.
Nas notas de dois dólares canadenses, a bandeira esvoaçante sobre o edifício do parlamento é uma bandeira americana.
No cartão de visitas de Capone dizia que ele era vendedor de móveis usados
Nos últimos 4000 anos nenhum novo animal foi domesticado
O amendoim é um dos principais ingredientes da dinamite.
O caracol pode dormir por 3 anos.
O crocodilo não pode mostrar a língua
O gato tem 32 músculos em cada orelha
O navio de cruzeiro Queen Elizabeth 2, move-se meio metro por cada litro de diesel que consome.
O olho de um avestruz é maior que seu cérebro
O peixinho dourado tem uma memória de somente 3 segundos
O tubarão é o único peixe que pode piscar com os dois olhos
Os cães só têm, mais ou menos, 10 sons vocais.
Os gatos têm mais de 100 sons vocais.
Se a população de China caminhasse diante de você numa fila única, esta nunca teria fim devido à velocidade de reprodução neste país.
Se você mora numa grande metrópole, em toda sua vida, passará ao menos 6 meses esperando nos semáforos.
Uma libélula tem um expectativa de vida de 24 horas
Winston Churchill nasceu na toillete durante um baile.
O príncipe e a raposaEntão a raposa apareceu. ``Bom dia``, disse a raposa. ``Bom dia``, o Pequeno Príncipe respondeu educadamente. ``Quem é você? Você é tão bonita de se olhar. ``Eu sou uma raposa``, disse a raposa. ``Venha brincar comigo``, propôs o Pequeno Príncipe. ``Eu estou tão triste``. ``Eu não posso brincar com você``, a raposa disse. ``Eu não estou cativada``. ``O que significada isso – cativar?`` ``É uma coisa que as pessoas freqüentemente negligenciam``, disse a raposa. ``Significa estabelecer laços``. ``Sim`` disse a raposa. ``Para mim você é apenas um menininho e eu não tenho necessidade de você. E você por sua vez, não tem nenhuma necessidade de mim. Para você eu não sou nada mais do que uma raposa, mas se você me cativar então nós precisaremos um do outro``. A raposa olhou fixamente para o Pequeno Príncipe durante muito tempo e disse: ``Por favor cativa-me.`` ``O que eu devo fazer para cativar você?`` perguntou o Pequeno Príncipe. Você deve ser muito paciente``. Disse a raposa. ``Primeiro você vai sentar a uma pequena distância de mim e não vai dizer nada. Palavras são as fontes de desentendimento. Mas você se sentará um pouco mais perto de mim todo dia.`` Então o Pequeno Príncipe cativou a raposa e depois chegou a hora da partida dele. ``Oh!`.disse a raposa. ``Eu vou chorar``. ``A culpa é sua``, disse o Pequeno Príncipe, ``mas você mesma quis que eu a cativasse``. ``Adeus``, disse o Pequeno Príncipe. ``Adeus``, disse a raposa. ``E agora eu vou contar a você um segredo: nós só podemos ver perfeitamente com o coração; o que é essencial é invisível aos olhos. Os homens têm esquecido esta verdade. Mas você não deve esquecê-la. Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa.`` (Saint-Exupéry)
Biografia Humana, Aline Kimura
A biografia é a história de vida construída por cada um de nós. Dentro da Antroposofia, o estudo de uma biografia é feito por meio de um trabalho biográfico – individual ou em grupo – em que são identificados elementos semelhantes na vida de todo ser humano em determinada fase e também são descobertos os elementos individuais ligados ao destino de cada um (EU). Para o estudo biográfico, a Antroposofia divide a vida em setênios – períodos de sete anos – observando o desenvolvimento de três aspectos interligados: físico (biológico), anímico (psíquico) e espiritual (EU). São eles:
Primeiro setênio (até os 7 anos) – Reestruturação do Corpo Físico: a criança desenvolve o andar, o falar e o pensar. Ocorrem passos que serão necessários para o desenvolvimento posterior. Tudo o que a criança aprende é por meio da imitação. Nessa fase, a criança necessita de alimentação e sono adequados e ritmo. Além de calor, confiança e amor. São muito comuns as doenças infantis nessa fase; elas aceleram o processo de eliminação da proteína materna, propiciando o renascimento de um novo corpo com a individualidade da criança. Por fim, ocorre a queda dos dentes de leite indicando que a criança já está apta para a alfabetização, podendo utilizar suas forças para o pensar imaginativo e para a memória.
Segundo setênio (dos 7 aos 14 anos) – Base para o amadurecimento psicológico: ocorre o desenvolvimento intenso da cabeça, do tórax (coração e pulmão) e alongamento dos membros. É uma fase de interiorização e também de troca com o ambiente (social), mas a criança necessita de um adulto (autoridade amada) para fazer essa ligação com o ambiente. A devoção e veneração são atitudes a serem cultivadas. A Arte e a Religião auxiliam no desenvolvimento dos sentimentos. Nessa fase, são fundamentados os hábitos e costumes que permanecerão na vida do individuo por muitos anos.
Terceiro Setênio (dos 14 aos 21 anos) – Fase do Amadurecimento Social. Ocorrem mudanças corporais, a passagem por um período de religiosidade, a preocupação com a futura profissão e um processo de diferenciação sexual. Há um conflito entre a imagem arquetípica ideal de ser humano (que o jovem busca em si mesmo ou nos outros – ídolos) e a imagem e os valores dados, até então, pelos pais, fazendo com que o jovem apresente crítica e revolta. Ele tem, agora, um pensar lógico, e seu aprendizado é feito por meio daquele que é verdadeiro. É interessante a vivência da filosofia, dos ideais e da responsabilidade.
Quarto Setênio (dos 21 aos 28 anos) – Fase da Alma Emotiva. O jovem torna-se independente, mas se sente inseguro com isso, apresentando altos e baixos emocionais. É uma fase de conquistas (posição na vida, trabalho, parceiro, formação de família, etc) e experimentação em nível anímico.
Quinto Setênio (dos 28 aos 35 anos) – Fase da Alma Racional. O indivíduo já possui muitas experiências e mostra segurança. É convidado a participar mais do meio social. Nessa fase há muita criatividade e ação. Há uma grande rentabilidade no trabalho, sendo caracterizado pela responsabilidade e seriedade. É importante desenvolver um espaço para as opiniões do outro. Os homens precisam desenvolver seu lado feminino, do afeto e sentimento – a força do sentir – e as mulheres devem buscar o desenvolvimento do seu lado masculino, da virilidade e racionalidade – a força do agir.
Sexto Setênio (dos 35 aos 42 anos) – Fase da Alma da Consciência. A manifestação do desgaste físico começa a aparecer e o rendimento no trabalho já não é tão expressivo. Há uma aceitação de si mesmo e também do outro, quando o indivíduo já está maduro psiquicamente. Os perigos nessa fase são provocados por uma possível rotina, ocasionando fugas, ou a tentativa de manter o mesmo desempenho profissional, trabalhando além do que o corpo físico é capaz de agüentar ou competindo com os mais jovens.
Os Dez Mandamentos da Aprendizagem
I.Partirás dos interesses e motivos;
II.Partirás dos conhecimentos prévios;
III.Dosarás a quantidade de informação nova;
IV.Farás com que condensem e automatizem os conhecimentos básicos;
V.Diversificarás as tarefas e aprendizagens;
VI.Planejarás situações de aprendizagem para sua recuperação;
VII.Organizarás e ligarás as aprendizagens umas às outras;
VIII.Promoverás a reflexão sobre os conhecimentos;
IX.Proporás tarefas abertas e incentivarás a cooperação;
X.Instruirás no planejamento e organização da própria aprendizagem de cada um.
A Tábua de Moisés para os Motoristas
1. Não matarás;
2. A estrada seja para ti um instrumento de comunhão entre as pessoas e não de dano moral;
3. Cortesia, correção e prudência te ajudam a superar os imprevistos;
4. Seja caridoso e ajude o próximo na necessidade, especialmente se for vítima de um acidente;
5. Que o automóvel não seja para ti expressão de poder e domínio e ocasião de pecado;
6. Convença com caridade os jovens e os que já não o são para que não dirijam sem condições de faze-lo;
7. Preste apoio às famílias das vítimas dos acidentes;
8. Reúna a vítima com um motorista agressor em um momento oportuno para que possam viver a experiência libertadora do perdão;
9. Na estrada, guie o mais fraco;10. Sinta-se responsável pelos demais.
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