quarta-feira, 4 de maio de 2016

DIA DA MÃE PRETA

DIA DA MÃE PRETA

No dia 28 de Setembro de 1871, a princesa imperial regente, em nome de Sua Majestade, o imperador D. Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembléia Geral decretou e ela sancionou a Lei do Ventre Livre: "declara de condição livre os filhos de mulher escrava que nascerem desde a data desta lei, libertos os escravos da Nação e outros, e providencia sobre a criação e tratamento daqueles filhos menores e sobre a libertação anual de escravos".
Embora tenha sido objeto de grandes controvérsias, a lei representou, na prática, um passo tímido na direção do fim da escravatura. Assim, juntamente com o fim do tráfico de escravos, secavam-se as fontes, ou melhor os ventres das escravas, que forneciam os novos de escravos, aumentando a população escrava do país.
Nesse dia, homenageamos aquela que além de gerar seus filhos, com incontáveis sacrifícios, ainda sofria tendo de entregá-los ao seu senhor, para serem escravizados e que, além disso, tinha a obrigação de cuidar e amamentar, com carinho e respeito, os filhos do seu amo.
A lenda da Mãe Preta surgiu no Rio Grande do Sul, juntamente com a cidade de Passo Fundo. Conta a lenda que a Mãe Preta era uma escrava do Cabo Neves, senhor das glebas de Passo Fundo. Era conhecida por Mariana e tinha um filho que era a sua alegria. Certa vez, o jovem fugiu de casa, não mais retornando, deixando sua mãe inconsolável a ponto de definhar. Dessas lágrimas que Mãe Preta derramou teria brotado uma fonte, que se tornou famosa entre a comunidade e os viajantes. Ainda segundo essa lenda, dizem que antes de morrer, Mãe Preta foi visitada por Jesus Menino, que lhe pediu que não chorasse, porque seu filho se encontrava na mansão celeste. Jesus ter-lhe-ia falado ainda: "Em recompensa de tua dor, pede o que quiseres que te darei"
Mãe Preta então pediu: "Dá-me a felicidade de ir para junto de meu filho, mas, como lembrança, quero deixar esta fonte, para quando aquele que dela beber, retorne sempre a esse lugar". Um chafariz foi construído sobre a fonte, cuja terra, Cabo Neves havia doado. Esse chafariz serviu, inicialmente, para fornecer o abastecimento à vila de Passo Fundo, cujo transporte era feito pelos escravos.

 
Dia da Mãe Preta - 28 de Setembro
No dia 28 de Setembro de 1871, a princesa imperial regente, em nome de Sua Majestade, o imperador D. Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembleia Geral decretou e ela sancionou a Lei do Ventre Livre: "declara de condição livre os filhos de mulher escrava que nascerem desde a data desta lei, libertos os escravos da Nação e outros, e providencia sobre a criação e tratamento daqueles filhos menores e sobre a libertação anual de escravos".
Embora tenha sido objeto de grandes controvérsias, a lei representou, na prática, um passo tímido na direção do fim da escravatura. Assim, juntamente com o fim do tráfico de escravos, secavam-se as fontes, ou melhor os ventres das escravas, que forneciam os novos de escravos, aumentando a população escrava do país.
Nesse dia, homenageamos aquela que além de gerar seus filhos, com incontáveis sacrifícios, ainda sofria tendo de entregá-los ao seu senhor, para serem escravizados e que, além disso, tinha a obrigação de cuidar e amamentar, com carinho e respeito, os filhos do seu amo.
A lenda da Mãe Preta surgiu no Rio Grande do Sul, juntamente com a cidade de Passo Fundo. Conta a lenda que a Mãe Preta era uma escrava do Cabo Neves, senhor das glebas de Passo Fundo. Era conhecida por Mariana e tinha um filho que era a sua alegria.

Goiexim - a Mãe Índia
Os Kaingangs reverenciaram a água e a mulher.

Vista aérea das proximidades do chafariz
Local para lavar roupas e buscar água para cozinhar e limpeza.

O Chafariz da Mãe Preta representa a vida na história de Passo Fundo. Tem origem em uma lenda indígena, onde a água jorra pela vida da comunidade, e carrega a imagem de uma escrava ama de leite. É a água da vida que retorna. Uma fonte mística que foi um referencial para o início do povoado. Uma nascente que forneceu água para os viajantes e para aqueles que aqui se estabeleceram. “Quem bebe desta água sempre volta”
O encanto da água do Chafariz da Mãe Preta.
Será mesmo que aqueles que tomam sempre voltam? É claro que a água que hoje jorra da fonte não é mais própria para consumo. Então, vamos dar à nossa lenda urbana uma interpretação bairrista. Partindo de um olhar histórico, resgatamos a lenda e fomos conhecer a trajetória de vida de pessoas que amam esta terra, que nasceram aqui e não trocam Passo Fundo por lugar nenhum do mundo, ou que aqui se estabeleceram para trabalhar, estudar e constituir família. No imaginário popular, estas pessoas, que se multiplicam pela cidade, teriam bebido da água do Chafariz da Mãe Preta.

Foi construído em terra doada pelo capitão Manoel José das Neves. A princípio, o chafariz servia para abastecer a vila de Passo Fundo. Nesse local há um painel contando a lenda da Mãe Preta. De acordo com a lenda, quem beber da água da fonte retornará a Passo Fundo. Na placa, ao pé do monumento, consta o pensamento de Lucila Ronchi:


A lenda de Goiexim
A índia Goiexim tinha um filho que era ervateiro. Ele saiu para colher Cogoim (erva-mate) e não voltou mais. A mãe ficou desesperada e chorou muito pela perda do filho. O Urubu-Rei a consolou, dizendo que o filho estava em um bom lugar e transformou-a num pé de milho. Quando a tribo arrancou o pé de milho, para alimento, brotou uma fonte d’água que formou um arroio, o Goiexim. Os índios caingangs consideravam que daquela fonte fluía a alma de Goiexim. Entendiam que essa fonte não iria secar e continuaria jorrando para o bem da comunidade.


Goiexim (goie=água) + xim=pequeno, significa córrego ou arroio) Goiexim é o nome da nascente, do córrego e da índia que originou a fonte. Segundo Ney, a lenda teria surgido, aproximadamente, pelo ano 1.500.

Não importa de onde vieram, aqui eles ficaram. E, segundo a lenda, tudo gira em torno da água desta mística fonte. O Nacional

O chafariz foi construído em 1863, em terra doada pelo Cabo Manoel José das Neves, para abastecer a vila de Passo Fundo. Ali, reuniam-se os escravos para buscar água, para seus senhores, que era transportada em potes e outros recipientes, carregando nos ombros ou na cabeça. Também era utilizado para lavar as roupas da família.
            O chafariz deu lugar à atual fonte, em cujo painel se conta a lenda da Mãe Preta. Atualmente, através de um acordo entre a prefeitura e a Unicredi, esta se responsabiliza pela sua manutenção. O chafariz está situado na Rua Uruguai esquina com 10 de Abril.
As transformações que o chafariz da Mãe Preta sofreu com o decorrer do tempo
A LENDA DA MÃE PRETA EM QUADRINHOS
Diz a lenda que Mariana, conhecida por Mãe Preta, era uma escrava do Cabo Neves senhor dessas glebas e que tinha um filho que era a sua alegria.

Certa vez, o jovem fugiu de casa e não mais retornou, causando assim a morte de sua mãe. Das lágrimas de Mãe Preta teria brotado uma fonte.

Antes de morrer, Mãe Preta foi visitada por Jesus Menino, que lhe disse que não chorasse, porque seu filho se encontrava na mansão celeste. Jesus ter-lhe-ia dito ainda: - Em recompensa de tua dor, pede o que quiseres que te darei.

Mãe Preta então pediu: - Dá-me a felicidade de ir para junto de meu filho, mas como lembrança quero deixar esta fonte, para quando aquele que dela beba, retorne sempre a esse lugar.
O chafariz foi construído em terras do Cabo Manoel José das Neves, mais tarde promovido a alferes e capitão, que foi o primeiro morador proprietário da gleba.

Esse chafariz serviu, inicialmente, para fornecer o abastecimento à vila de Passo Fundo, cujo transporte era feito pelos escravos.
 
Quilombo
   Ele refere-se ao grupo de três ou quatro ranchos do Quilombo, tão alegre quanto barulhento, habitado por afros, que ficava na atual rua Marcelino Ramos, e Moron e Independência estendendo-se até onde hoje está o quartel do Corpo de Bombeiros.
  A Capela do Pinheiro Torto, cuja construção foi iniciativa de dois pretos, Generoso Isaias, pai e filho. Aliás, os dois únicos nomes que figuraram na obra de Antonino Xavier e único negro citado como participante da Revolução Farroupilha.
Os Isaías são uma das poucas famílias e mais antigas, para eles essa não é uma terra de passagem.

Abolicionismo em Passo Fundo

A Sociedade Emancipadora, fundada em 13 de agosto de 1871, congregava meia centena de pessoas, quase todos moradores na Vila. Consta: Sociedade libertadora das crianças de sexo feminino. Era, na verdade uma entidade tímida, buscava apiedar os senhores de escravos para que libertassem as meninas, de sua propriedade, nascidas escravas. Quando o proprietário não se deixava comover, propunha-lhe a venda da escrava. Só doze anos depois o tema abolicionismo torna a figurar entre os eventos municipais.
           
Na sessão de 3/11/1884, iniciativa do vereador líder do Partido Liberal Major Prestes Guimarães, a Câmara iniciou uma campanha pela libertação dos escravos e 25 dias depois a Câmara proclamou a liberdade de 300 escravos.
O texto do telegrama enviado, naquele dia, pela Câmara Municipal de Passo Fundo à Assembléia Provincial: “Vai desaparecer a mancha negra.”



Ludico:
1.    Pinte a gravura baseada na Obra da Pintora Passofundense Elvira Battisti e depois dê asas a sua imaginação e desenhe como você imaginou a lenda.
2.    Exposição das atividades para os colegas.
3.    Passeio Cultural: visitar o chafariz da Mãe Preta.
4.    Pesquisar quais as influências do afro-descendente na nossa cultura.

5.    Folclore e oralidade:
6.    Você conhece alguma benzedeira nas proximidades de sua casa?
7.    Você ou algum familiar seu já se utilizou dos serviços da benzedeira?
8.    Você sabe o nome da(o) benzedeira(o)?
9.Escrever uma produção textual, onde nos mostre a atual situação do afro-brasileiro em nosso município e país.
10.Ilustrar a lenda da Mãe Preta:


A notícia da Proclamação da República

A notícia da Proclamação da República chegou à vila de Passo Fundo na tarde do dia 16 de novembro de 1889, via telégrafo.

Libertos em Passo Fundo

            Libertos em todo território Nacional, restou aos afros perambularem pelas estradas, inchar os centros urbanos como sobras humanas ou continuar de fato como escravo por opção. Embora houvesse muitas terras devolutas, não houve parcelamento do solo.
         O espírito democratico, que o tempo depositou na alma da nossa gente que numa das poucas lendas criadas pela alma gaúcha, a do Negrinho do Pastoreio, condena a memória de um senhor perverso. Não tinha o gaúcho à necessidade de tiranizar o afro.
         A participação do negro na pintura, escultura, na arquitetura, na arte, ciência e no futebol, em Passo Fundo foi de grande importância e contribui para o desenvolvimento de Passo Fundo.
Os acabamentos finais dos prédios públicos, os apliques feitos de cimento nos prédios antigos da cidade, são de autoria de artistas afros de Passo Fundo.
Dos quatro grupos sociais que existiam em Passo Fundo: o fazendeiro, o caboclo, o índio e o negro que era atingido pela legislação, proibindo-o de entrar nas terras demarcadas para as colônias existentes e futuras, restou ao negro vagar pelos campos e pelos povoados, quando libertos da escravidão legal.

Clube Visconde do Rio Branco
Imigrantes africanos - Sua história, cultura e tradições  Edy Isaias
Em abril de 1916, mais precisamente no dia 23 (dia de São Jorge ou de Ogum), foi fundado o Clube Recreativo Visconde do Rio Branco, na casa do meu avô, Cândido Bernardo da Cruz.
A união da raça negra deve-se aos sacrifícios impostos pelos espanhóis e portugueses, que retiraram os negros de suas origens para o trabalho duro e fora do seu "habitat". A dança, o canto, seus ideais e sua religião agregaram suas forças em tomo de sociedades.
Sede do Clube de Difusão Cultural e Técnico Visconde do Rio Branco, fundado em 23/04/1916, esta sede foi inaugurada em 1932 e ampliada em 1947. Localizava-se na Rua Moron, 2680, esquina com a Rua Vinte de Setembro, sendo por longos anos o ponto de encontro dos negros e um local onde sua cultura foi sendo transmitida de geração em geração. Desta sede, hoje resta apenas a fachada em ruínas.
Foto e dados enviados por Gustavo Pezzini.
“O Espaço Cultural é uma representação da memória política da região. O Visconde do Rio Branco representa a memória dos escravos africanos na cidade. Ao contrário dos prédios que representam a memória política, o Visconde do Rio Branco sofre com o descaso”. Eduardo Knack

Localize e pinte no mapa o país de origem de seus avós ou pais:

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